2.12.08

feijãozinho-zezinho-laranjinha

É, ontem foi um dia atribulado. Foi o lançamento do The Labyrinth, do qual ainda não me recuperei ainda - muito genial. Recebi um e-mail sobre um trabalho que já me cansa faz tempo, e agora vou ter que voltar a esse trabalho novamente. E, a melhor parte do dia, fiz um ultrassom pra ver meu neném!

O bichinho está enorme, já tem uns 11 cm dos pés à cabeça (e 6,7 cm da cabeça ao bumbum). Ou seja, não dá mais pra chamar de feijãozinho, né. Já tá uma laranjinha! E o médico disse que ele tá com tudo onde deveria estar, todas as medidas dentro da normalidade. Perfeitinho, graças a Deus!

E como se mexe! Os bracinhos pra lá e pra cá, umas pernas compridas que ele esticava e encolhia! Coisa mais lindinha. O médico falou que ele estava acordado. E mesmo que não estivesse, o homem apertava tanto a minha barriga para ele mudar de posição que ele ia acabar acordando! hehehe Mesmo assim não deu pra ver se tem ou não acessório, o cordão umbilical estava na frente. Só no próximo ultrassom. Mas deu pra ver o perfil dele, um rostinho lindo de morrer! Inacreditável!

Gravamos o exame em um dvd. Agora posso ver a carinha dele sempre que der vontade. E ele é fofo demais! Me parece tão simpático!

Minha barriga já tá aparecendo, estou na 14a semana, já no segundo trimestre, que dizem ser o mais gostoso. E minhas canseiras já diminuíram, ainda bem. Agora é curtir, e ir finalizando as outras mudanças que estão acontecendo na nossa vida - pra variar, tudo acontece ao mesmo tempo, né!



Zezinho é o nome extra-oficial que o laranjinha já ganhou aqui entre meus colegas piratas. Foi o chefia que começou e agora já pegou. Aí, agora sou conhecida por aqui como "Dona Mãe do Zezinho".

1.12.08

games review

Eu sei. Que tem gente doida pra saber do feijãozinho-zezinho-laranja, mas agora eu vim postar aqui sobre outra coisa. Quem não gosta de jogos de aventura (The Dig, Monkey Island, Day of The Tentacle, Indiana Jones - Atlantis, etc), pode já ir fechando essa janelinha, pois vou falar de Trapped. (Mas não fecha não, esse jogo é tão legal!)

Sim, sim. Já dediquei posts ao Trapped e ao Rabbit Tell antes. Mas agora eles roubaram minha atenção novamente - como se eu ficasse mais de uma semana sem prestar atenção neles. Ok, enfim. O caso é que a terceira parte de Trapped foi lançada HOJE!!!! Seu nome: The Labyrinth.

Tenho orgulho e prazer em dizer que fui tester novamente. E espero não ter decepcionado quanto a isso. Aliás, adoraria ser convidada uma quarta vez (sintam o cheiro do pedido descarado). Opa, estou perdendo a compostura, deixe-me recompor. Pronto. Agora, estou aqui para falar sobre essa nova parte do jogo e recomendá-lo inteiro àqueles que ainda resistiram em conhecê-lo. Duvido que alguém se arrependa de seguir essa minha recomendação.

Tá bom, chega de blablablá.

Numa visão geral, Trapped é um jogo fantástico, o melhor jogo online disponível até o momento, praticamente empatado com Matt Sandorf, dos mesmos criadores. Pareço apenas uma puxa-saco, mas os jogos são bons mesmo, e não há nada que eu possa fazer quanto a isso. Mas acho que nessa tecla eu já bati demais, então vou passar para a terceira e última parte do jogo. Muito do que eu vou falar aqui, os criadores Rodrigo Roesler e Bruno Maestrini ainda não ouviram de mim, mesmo no meu 'relatório oficial' de tester - mas isso se deve ao simples fato de que depois de feito o relatório eu joguei outras duas vezes, e também matutei muito sobre várias coisas desde então.

The Labyrinth pode ser chocante e até frustrante nos primeiros 5 segundos. O jogo começa e a gente pergunta: "Ué, cade o Trapped??". Visual novo é dizer pouco. Tudo novo. Dos gráficos ao mecanismo de jogo, TUDO. Cinco segundos depois, alí está a personalidade ácida do David Green/Renato Marinho
e 'tá lá o corpo estendido no chão', alí está o poço dos desejos (uma das melhores coisas de The Dark), a intrigante estátua do coelho, o fofíssimo Mr. Bubbles/Bolota, o simpático sapo ressucitado, as moscas no buraco... Tudo exatamente onde deveria estar. E aí, a gente (eu, pelo menos) esquece que tá tudo diferente, porque na verdade, tá tudo igual. Ufa!

Fora a quebra/choque ocasionados pelos novos gráficos e ilustrações e pelo novo mecanismo, acredito que o jogo teve muito a ganhar com todas essas mudanças. Pensando friamente, depois que a melancolia e o saudosismo passam, é preciso dar o braço a torcer para o fato de que os desenhos estão lindos e que o recurso da tela cheia é simplesmente SENSACIONAL (apesar de que eu acho que ainda será preciso lapidar os graficos um pouquinho mais para que o jogo fique mais 'único' e menos parecido com outros que já figuram pela internet). Poder combinar itens do inventário também dá mais margens para novos puzzles e os diálogos interativos é uma coisa que não tem preço. Além disso, ver a boquinha do David/Renato mexendo quase indefinidamente ao falar, por mais que a frase seja apenas "I killed him", é simpático demais! Inclusive, o David/Renato como um todo me pareceu mais 'vivo' com sua nova cara.

Mas por mais que eu tenha gostado dessa terceira parte, tenho para mim que ela não supera o magistral The Dark. Meu preferido. E aí, eu fiquei tentando entender quais eram os motivos disso. A primeira conclusão que cheguei foi de que The Dark tem um coisa que nenhum dos outros jogos tem com tanta força, apenas Matt Sanforf quase se iguala: ele tem 'duas fases'. E no The Dark isso é tão evidente que fica ainda mais legal, porque é quase como se fossem dois jogos seguidos. A gente resolve um monte de paradinhas e aí meio que começa uma nova fase do jogo, onde até o cenário está diferente. Isso é bem revigorante, faz com que o jogo se torne mais dinâmico e a gente nem sente o tempo passar enquanto joga.

Porém, acho que no fim, isso é um dos motivos para o The Dark ser o melhor de todos, mas não é o motivo que faz com que The Labyrinth não o seja. Compliquei nessa, né. Quero dizer que The Labyrinth poderia ser o melhor de todos, apesar de não ter essa característica das 'duas fases'. Acho que um dos pontos primordiais para a terceira não ser a melhor parte, é o fato de ela ser a última, significando muitas explicações para dar. Outra coisa que se sente alguma falta é de um pouco mais humor negro ao longo do jogo. The Labyrinth está mais obscuro e textual que os outros dois, o que o torna um pouco mais denso, pesado, e acho que algumas piadinhas a mais poderiam ter aliviado um pouco a tensão. Também li um comentário, que um fã deixou no site da Rabbit Tell, falando sobre a falta de mais puzzles da metade para o final do jogo e acho que, realmente, um ou dois puzzles a mais poderiam ter dado mais dinâmica ao jogo (pois a partir de certo momento, ele se torna bem mais fácil do que as outras duas partes - apesar de eu ter me atrapalhado mais nessa parte do que nos outras duas...).

Em contrapartida, achei os textos (das charadas que existem ao longo do jogo) inteligentes e muito bem escritos. Eles são até bonitos de se ler. Também o uso de chaves
somado à leitura do Mapa como o modo de construir o labirinto, é absolutamente genial. Além disso, existem alguns puzzles muito bons, como um que gira em torno de... um cocô, e do que se utiliza da fome do sapo. Aliás, gostei muito das respostas do David/Renato quando a gente usava as coisas de maneira errada - digamos que eram bem a cara dele, rsrs.

Por fim, ainda existe um fator que faz com que quarquer defeito que The Labyrinth possa ter se desintegre em praticamente nada. É uma surpresa que, dizem eles, é só para jogadores dedicados. Essa surpresa é tão desconcertante e fantástica, que nem sei. É algo simplesmente genial! E eu sou da opnião que não se deve procurar por ela na primeira vez que se joga The Labyrinth, pois é muito legal ver o que acontece graças à surpresa, já sabendo o que acontece sem a surpresa.

Aconselho a todos que esqueçam que são adultos e comecem a jogar Trapped imediatamente.
O que você está esperando? Corre, meu filho!



Ah, quase esqueço de dizer. Eles já anunciaram o nome do próximo jogo:
The Cape of Storms. Deverá ser lançado em Fevereiro de 2009. Já temos pelo que esperar ansiosamente!

rabbit tell, de novo

E-mail escrito dias atrás (20/11/09):

Oi, 'meu irmão',

Eu sei q vc tá doido estudando, mas isso é pra depois q vc terminar as provas.

Na verdade, eu não sei se já te falei desses jogos, mas como não me lembro de vc ter comentado nada, acho que se eu falei vc esqueceu de ver.
São dois jogos feitos por 2 brasileiros, são jogos online, no estilo point-and-click. Os meninos têm como referência jogos como The Dig, Monkey Island, entre outros. Tb gostam de humor non sense, à lá Monty Python. Pra vc ter uma idéia de como eles são o máximo! rsrs

(...)

O primeiro jogo se chama Trapped, e é dividido em três partes: The White Rabbit, The Dark e The Labyrinth. A terceira parte, The Labytinth, está pra sair em poucas semanas e vai ter gráficos melhores, pois eles estão aprimorado o mecanismo do jogo. Mas as duas primeiras partes são realmente muito boas!
Taí o site do jogo: http://jayisgames.com/games/trapped-the-white-rabbit/

Pra vc ter uma idéia, eles fizeram a primeira parte meio que na empolgação só, mas fez tanto sucesso (o jogo ficou em 2o lugar num hanking internacional de jogos de point-and-click, na base do boca-a-boca!) que eles resolveram abrir uma empresa chamada Rabbit Tell. Também, com o sucesso do jogo, a Sony os contratou para fazer um advergame, como publicidade de um memorystick novo.

O resultado foi o segundo jogo, chamado Matt Sandorf, Journey to Endless Entertainment. Também é ótimo! E tem um link pra ele no site da Rabbit Tell: http://www.rabbittell.com/

Bom, eu fiquei tão fã da primeira parte do Trapped, que eu entrava no blog que tem no site e sempre deixava comentários empolgados. Acabei sendo convidada para ser tester da segunda parte e tb do jogo da Sony. Estou só torcendo para eles me chamarem para ser tester do The Labyrinth tb! Faz figa por mim!

É, tá vendo como eu fico empolgada com esses jogos?! Olha só o tamanho do e-mail!!!! hehehehehhehe

Vê se joga, hein! Eu sei que vc vai adorar!

bjs (e boas provas),

Tha


(atualização: o site da Rabbit Tell não está mais funcionando)

14.10.08

comportadíssimo!

Acho que vai puxar o pai.

O feijãozinho mal tem corpinho e já é um trabalhador de primeira. Eu ando num cansaço descomunal, e um sono... Quando eu chego em casa, quero que o mundo acabe em sofá. Na verdade, eu sempre quis isso, mas agora é mais preciso do que quero. Preciso que o mundo acabe em sofá. Que eu olhe para os lados e sofá é a única coisa que vejo, sofá azul marinho e fofo lá de casa. E isso tudo porque o feijãozinho deve ser muito trabalhador e já tá sugando todas as minhas energias. Mas nem vem dizer que é falta de comida, porque já engordei o triplo do que deveria ter engordado nessas primeiras semanas.

E, fora o cansaço e a constante dor nos... na região láctea, não tem mais nenhum desconforto que são costumeiramente gerados pelos feijõezinhos alheios. Nada de enjôos. Um ou outro mal-estar que passa bem rápido e só. Grandes desejos também não tive. Fora uma enorme vontade de comer perna de caranguejo - já faz uma semana que penso nisso. Mas isso é culpa do Náufrago. Ele que ficou comendo perna de caranguejo com cara de que tava dilícia.

E é nisso que me baseio. Acho que vai puxar o pai: trabalhador e comportadinho. Um anjo.




Daqui a alguns anos, eu e feijãozinho estaremos lendo esse post e de duas uma: ou estaremos comentando como tenho uma ótima intuição (o que não tem se provado muito verdade), ou estaremos rindo a rodo porque ele/ela na verdade é preguiçoso(a)
e sapequinha.

3.10.08

quilos

Sabe que eu sempre fui a mais magricela ever, né. Do tipo que só ia de calça de moleton na aula de educação física, porque bermuda de cotton ficava larga na minha coxa - e eu morria de vergonha disso. E chega uma idade em que a gente não quer ser esquisitinha e cheia de apelidos, a gente quer ser, pelo menos, normal. E eu tentei fazer regime de engorda, durante anos à fio.

Mas chega outra idade em que a gente desencana dessas coisas e resolve se aceitar como é. Eu já não era magricela a ponto de a bermuda ficar larga, mas continuei abaixo do peso mínimo durante toda a minha vida. O peso mínimo: 48/49kg. Meu sonho era, como diria a versão pirata da Copélia Rocha, ficar dentro da tabela. Porém, já não buscava conseguir isso com tanto afinco. Por mim, bastava que eu não perdesse nenhum quilo.

E assim, durante a faculdade cheguei a ficar à beira de entrar na tabela, com lindos e plenos 47kg. Nunca me senti tão bem! Mas 'alegria de pobre dura pouco' e um TGI entrou na minha vida. Perdi 3kg no ano do TGI. E até hoje, só consegui recuperar 1kg. Estacionei nos 45kg durante quase 3 anos. Mas mal sabia eu que só o que eu precisava era de um feijãozinho.

Sim, um feijãozinho. Na semana passada eu resolvi enfrentar a balança novamente, só por desencargo de consciência, pois já sabia no que ia dar. 45kg. Conforme o esperado. Nada de novo na plantação de morangos. Até segunda-feira - quando eu tomei conhecimento do feijãozinho, meu lindo feijãozinho.

E hoje de manhã resolvi me pesar de novo. Sabe, em menos de duas semanas, cheguei novamente nos 47kg. São dois quilos em menos de duas semanas!

Bastava um feijãozinho.




Falando em quilos, à pedido da Juju, tirei foto da minha barriga. Foram as primeiras fotos do meu filho(a), segunda-feira, dia 29/09/08 - no dia em que tomei conhecimento da existência dele(a). Mas eu não encontrei o cabo da máquina fotográfica pra passar as fotos pro computador...

30.9.08

meses precedentes

A gente ia tentando, tentando, tentando...
Não foram meses e meses a fio, mas o meu querrer era TÃO grande, que parecia que a gente nunca ia conseguir. E eu estava tão tensa.

A gente decidiu que não iria contar pra ninguém. Eu não ia suportar a fatídica pergunta: "E aí? Já...???" Não, eu não suportaria. Eu já estava ansiosa o suficiente sozinha, sem precisar de 'ajudas' externas. Até o marido foi instruido a evitar tocar no assunto. Eu queria aproveitar ao máximo os momentos em que eu não pensava nisso, e eram muito raros.

E eu ainda estava em fase de 'regularização'. Meu ciclo no primeiro mês de tentativa durou 31 dias, no segundo caiu para 30, o terceiro já tinha sido 29. E toda vez eu chorava. Mesmo com as recomendações da minha tia: não adianta ficar nervosa, não adianta ficar ansiosa... Que nada, eu já estava ansiosa antes de começar a tentar!

E aí ia entrar o quarto mês de tentativa. Eu ainda estava muito triste, pois no terceiro mês eu realmente já achava que tinha dado certo. Foi o mês que eu fiquei mais triste. E o marido, tadinho, eu sei que ele também ficava muito triste, mas ele tentava não demonstrar muito, pra me dar mais força. Porque ele queria, tanto quanto eu. Foi aí que eu falei que ia pular aquele mês, que tinha sido muito desgastante psicologicamente, que a gente voltaria a tentar no outro. E ele concordou.

Mas foi tudo da boca pra fora, pois continuamos a tentar e eu continuei ansiosa, apesar de ficar fingindo que não. Talvez a idéia seja essa, fingir com toda a sua força. Quem sabe a gente não consiga até convencer nosso organismo, se fingir com veracidade o bastante?

Pois bem, talvez também tenha sido apenas que eu finalmente tenha ficado regulada. E eis que eu tinha calculado que o ciclo duraria 29 dias novamente, ou seja, iria vir dia 27 - afinal, a gente 'não estava tentando'. E, na última semana do mês, eu tinha tantas outras coisas na cabeça que realmente tinha até me esquecido um pouco do assunto. Porque, vou te contar, esse mês a gente tá mudando tudo de tudo, e tudo ao mesmo tempo.

E aí, eu estava sentadinha dia 26 e pensei, 'puxa, amanhã é aniversário da Ju...' E me dei conta nesse momento. AMANHÃ É DIA 27! Ai, ai, ai. E eu não podia pensar que eu não tinha tido cólica ainda, não podia pensar que ainda não tinha tido nenhum sinal de que ia vir, porque no mês anterior veio sem NENHUM aviso prévio (e foi um choque quando eu vi). Então, eu pensei que no mês anterior tinha sido até melhor, porque veio e pronto, não teve mais muito o que esperar. Agora, eu fui me dar conta bem no dia anterior e eu ia ficar na ansiedade até vir. Mesmo que eu achasse que não ia vir. A esperança é a última que morre, sabe?

E eu fui pro sítio. E dia 27 não veio. E eu ficava toda ai ai ai. Mas não queria falar nada pra ninguém, porque poderia vir a qualquer momento e eu só ia deixar todo mundo ansioso que nem eu. E fiquei quietinha, mas muito ai ai ai. E dia 28 não veio. Ai ai ai.

Segunda-feira eu acordei uma pilha. E fui no banheiro. Nada.
Aiaiaiaiai!!!!!
Passei a manhã toda quase botando meu coração pela garganta. Mantive minha idéia de não dizer nada pro maridão. Não queria deixá-lo nervoso como eu estava. Tadinho, ele estava tão tranquilo e distraído com nossos outros mil assuntos. A ignorância é uma felicidade, não? Mas eu precisava falar com alguém. Alguém que não estivesse diretamente tão emocionado, como estaria qualquer pessoa da família. Mas alguém que fosse praticamente família.

Mas quem disse que a Frô chegava? Eu ia na salinha, conversava um pouquinho, voltava, trabalhava o quanto minha concentração permitia, voltava pra salinha... E aí a Frô chegou. E ela me levou na hora até uma farmácia. Moço, me vê um teste de gravidez. Qual o mais caro? É esse que eu quero. (Aliás, anotem: Clearblue, muito bom).

Esperei até 17hs. Que é quando eu saio do trabalho. Falei pro maridão me buscar na casa da Frô. E lá fui eu, fazer xixi no copinho (pro meu espanto, nem é difícil) e analisar o bastãozinho que fica cor-de-rosa. E tem que esperar o risquinho aparecer e depois, se der '-' é negativo, se der '+' é positivo.

E quem disse que eu precisei esperar o risquinho aparecer? A primeira coisa que aconteceu foi aparecer aquele '+', bem azulão, bem forte, pra não deixar nem sombra de dúvida! Positivo! Devia aparecer escrito no bastãozinho depois:

"PARABÉNS, VOCÊ VAI SER MAMÃE!!!!!!"

.
.
.

Hein? Como é que eu contei pro maridão?

Bem, entrei no carro, joguei o exame no colo dele e, debulhada em lágrimas, gritei: TÔ GRAVIDA!!!!!!!

Ficamos chorando e abraçando alguns minutos. Depois, em casa, veio a fatídica lista de ligações a fazer. E mais choros, claro!

Alguém faz idéia da alegria que estou sentindo?

25.9.08

coisas que marcam

É engraçado como tem coisas que marcam a gente...

Quando eu era pequena, acho que tinha uns 7 anos, uma vez eu liguei na casa de uma menina da minha classe para convidá-la para vir brincar comigo, só que a dita cuja me respondeu que umas outras meninas da escola estavam na casa dela, por isso ela não poderia vir. Meio chateadinha, eu desliguei e contei pra empregada que trabalhava em casa - a Lu, um amor de pessoa! - que me sugeriu que eu ligasse para a menina de novo, perguntando se eu não poderia ir lá também.

Já animada de novo, eu corri pro telefone e liguei. A resposta não foi bem a que eu esperava:

- Ah... É que já tem muita gente aqui, não vai dar pra você vir não...

Isso realmente me traumatizou. Me senti a criança mais indesejada da terra. E desde esse dia, criei uma certa mania de perseguição. Sempre achava que as pessoas não gostavam de mim, ou que estavam falando mal, ou que eu estava atrapalhando de alguma forma. E, apesar de eu não ser do tipo que confronta as pessoas, ou seja, nunca briguei com ninguém por causa disso; esses sentimentos acabaram me afastando das meninas da escola. Eu tinha dificuldade para montar grupo para os trabalhos e tinha medo de convidar as amigas para qualquer coisa e receber negativas. Morria de medo.

Outro motivo de isso me afastar das meninas, era que eu fiquei bem chata. Com essa mania de perseguição, eu acabava cismando que tinha alguma coisa errada, aí saía de perto delas e ficava toda tristonha num canto. Meu, que criança que vai querer brincar com uma menina assim? E isso vira uma bola de neve, né. Porque se eu fico chata, as meninas se afastam e eu me sinto mais triste e fico mais chata...

Mas, antes que você fique pensando 'ai, que judiação', deixo claro uma coisa: não fui uma criança infeliz. Eu tinha apenas algumas fases em que esses problemas ficavam mais em evidência. Mas no geral eu tive várias amigas e brinquei bastante com elas ao longo da minha infãncia. Mas existiram casos recorrentes em que eu me afastava. A sorte é que meus pais meio que 'me obrigavam' a ligar pras meninas nessas épocas, e eu acabava melhorando. E, quando eu cresci, eu percebi que eu era cheia das frescuras e cortei isso de uma vez - o que melhorou e muito meu desenvolvimento social, rsrs. Claro, que eu tinha uma ou outra recaída, até na faculdade, mas nunca mais deixei que aquele sentimento de antes me impedisse de manter minhas amizades.

Enfim, eu fugi completamente do assunto. O que eu iria contar era uma outra história...

Certa vez, quando eu estava na quinta ou sexta série, eu fui numa festa de comemoração pela chegada das férias. A minha classe inteira foi e estava bastante divertido. De repente, numa certa altura da festa, tive a velha sensação de que eu era indesejada e me afastei. As meninas estavam todas no quintal da casa onde estava sendo a festa, e eu entrei na sala e sentei sozinha num sofá. Fiquei alí, toda jururu sem nenhum motivo aparente. Eu segurava para não chorar. Eis que dois meninos se aproximaram de mim:

- Que aconteceu? Você tá chorando? - perguntou um deles.

- Não... - respondi.

- Ah, não fica assim! - eles disseram.

Aí, os dois foram até o aparelho de som e aumentaram o volume e começaram a dançar, fazendo palhaçada na minha frente até eu começar a rir. E depois disso, eu fiquei tão melhor que levantei e fui lá na rodinha de meninas de novo.

Eu nunca mais esqueci daquilo. Dos dois meninos que não quiseram me ver triste e tentaram me fazer sorrir...

28.8.08

thinkgeek

A gente encontra cada coisa pela internet afora, né...

Mr. Mills me mandou um link. Porque, sabe, nós jogamos RPG. Ou seja, temos sangue geek correndo nas veias. E esse link me trouxe recordações da minha época de faculdade, quando eu e minhas entrépidas amigas (a Frô e ela) ficávamos horas jogando Diablo II. E é pra vocês duas que eu dedico esse primeiro link: Mana Energy Potion.

Aí, depois de ver isso, eu saí procurando outras coisas no site. E achei isso: Hidden Bookshelf. Eu ia amar te um desses exatamente do lado da minha cama. Acho que nem ia dormir mais. E sem precisar da poção de mana... rsrs.

Teve mais um item que eu encontrei e que me chamou a atenção. Esse, eu dedico para a Ann B. (e para o maridão, mas ele não lê o blog, rs): Killer Rabbit Slippers. Ir ao banheiro de noite pode ser sua próxima perigosa aventura! hahahahaha
(E não deixem de ver os Action Shots)

Por fim, alguém tem alguma dúvida que meus filhos terão um kit desses: Warrior Weapons?? Dedicado ao meu irmão, que já viu desses de verdade verdadeira, ao vivo, em suas mãos!!!!!!

19.8.08

sonhos: no mundo das favas

Então, lá estava eu e meus amigos: Rosa, Aninha, João e Pedro. Estávamos os cinco dentro da Casa da Árvore. A Casa da Árvore estava abandonada há séculos, completamente vazia. Uma aura estranha a rodeava, ela parecia de certa forma imaterial.

- Ei, João, parece a casa de doces da bruxa má. Só te falta a Maria...

O rapaz me deu uma olhada de soslaio, parecia que não tinha achado muita graça. Os outros deram sorrisinhos, mas continuaram apreensivos com o lugar. Até porque, a casa não parecia em nada com a casa de doces da história infantil - apesar de, ao mesmo tempo, todos nós ficarmos com a sensação de que era exatamente igual. Andamos pelos cômodos, mas a casa, que parecia imensa por fora, por dentro não tinha muito mais do que duas ou três salas não muito grandes. Aquelas salas pareciam feitas de alvenaria, com um piso cerâmico hora cinza, hora castanho. As paredes eram brancas, meio amareladas, e o teto às vezes parecia de pedra, mas quando se olhava para cima, era apenas uma laje no mesmo tom das paredes.

Quando entramos na terceira sala - ou chegamos nela, pois eu não me recordo muito bem de realmente andar pela casa -, havia um buraco bem no centro, um buraco quadrado, com uma espécie de guarda-corpo de metal em volta. E do buraco saía um brilho fraco, meio azulado - algo como uma neblina iluminada por uma lanterna branca, mas menos "fumaça" do que isso. Sobre o guarda corpo, pindurado desde o teto por alguma corda que não se via, uma placa estranha, também com o mesmo ar imaterial do restante da casa, onde se lia "O Poço".

Eu me aproximei do Poço. Sobre o guarda corpo, parecia que havia uma tampa de vidro, e o buraco era escuro e parecia não ter fim - ou pelo menos não era possível vê-lo. Dentro do poço, quando olhamos por cima do vidro, era possível enchergar um lago com a Casa da Árvore erguida em uma de suas margens, um lindo gramado verde e florido completava o cenário, com algumas árvores espalhadas. Mas olhando dalí, parecia que era apenas uma maquete. Meus amigos ficaram encantados, empolgados. Queriam entrar pelo buraco e ver aonde ele daria. Pedro foi o primeiro a querer entrar e Rosa estava pronta para seguí-lo, mas eu os parei:

- Não! Tem alguma coisa errada aqui! - disse com a voz um pouco esganiçada. - Olhem, olhem a minha mão!

Eu havia colocado a mão na tampa de vidro, mas quando o fiz, a mão o atravessou. Não era um vidro, parecia uma espécie de líquido, mas um líquido que não molhava. Minha mão ficou deslocada lá dentro e dependendo do ângulo de onde se olhava, parecia que ela nem estava lá. Os outros pareciam não se importar com aquilo, mas eu não tive tempo de discutir.

De repente, eu estava às margens do lago. Olhava a Casa da Árvore na margem oposta: ela era tão grande, com as paredes avermelhadas e no alto havia um cômodo de onde saíam duas janelas ovais. O telhado de barro era de duas águas, mas os vários andares a faziam semelhante a um castelo de barro. De uma parte da casa saía uma árvore, cujo tronco era tão largo quanto um de seus cômodos menores. A árvore se erguia e suas folhas começavam só onde o tronco já estava mais alto do que a sala mais alta. As folhas eram muito miúdas, entremeadas com pequenas flores multicoloridas.


A Nina estava comigo, e nós duas ficamos alí, olhando fixamente para a casa até notarmos uma moça na margem oposta, próxima à casa. Mas a moça era gigantesca! Ela era do tamanho da Casa da Árvore e conversava com a casa como se esta fosse uma pessoa. E foi nesse momento que eu percebi: a Casa da Árvore era ela também uma moça. A moça-casa estava ajoelhada na margem do lago, como se colhesse algo e de suas costas saía a árvore. Perto delas, eu e a Nina éramos minúsculas, como pequenas fadas da floresta.

Nós nos encolhemos em meio a um arbusto e ficamos olhando as duas conversando. Então, os olhos da moça-casa se acenderam. Os olhos da moça-casa eram as janelas do alto, as janelas ovais! E eles se acenderam porque meus amigos estavam lá dentro. Assustada, eu olhei para a outra moça - eu temia que ela descobrisse que meus amigos estavam dentro da colega dela -, mas então ela também olhou para mim. As duas moças nos viram e decidiram que queriam uma fada. Elas queriam nos pegar!

Eu e Nina corremos. Já era noite e nós corremos da moça-casa até o amanhecer. Passamos por grandes campos floridos, com a moça-casa soltando luzes em nossa direção, e percebemos que eram os raios de luz da moça-casa que fazia com que as flores aparecessem. Eram imensas flores brancas, de diversos formatos e nós nos embrenhávamos por entre elas. Até que a moça-casa nos pegou, eu e Nina.

Achei que era o fim. Fechei meus olhos com força e só os abri quando ouvi vozes:

- Tha? Onde é que você estava?! - era a voz da Rosa!

Abri meus olhos e percebi que eu estava dentro da casa novamente. Corri até uma janela (estranho, não lembrava de haver janelas da outra vez que estive aqui dentro) e olhei para fora. Estava tudo normal. A casa estava fixa na margem do lago, com flores brancas adornando o gramado à sua volta. Não havia moça gigantesca alí, e a casa não era uma moça-casa.

- O que aconteceu? - perguntei.

Todos deram de ombros. Ninguém sabia me explicar nada, mas pareciam alegres - quero dizer, muito alegres. Eles falavam sem parar, contando histórias que não faziam sentido, sobre os dias anteriores. Olhando ao meu redor, percebi que os cômodos agora possuiam móveis e que chá estava sendo feito no fogão à lenha da cozinha. Fogão de barro.

- Mas... dias? Quantas noites vocês dormiram aqui? - perguntei.

- Quatro, claro! - responderam em uníssono.

- Mas eu só passei uma noite lá fora! - falei, já meio desesperada.

Novamente, todos deram de ombros e voltaram a falar todos ao mesmo tempo. E ninguém alí parecia ter notado que nada daquilo fazia sentido. Minha cabeça latejava e a Nina já não estava comigo mais. Foi nesse momento que eu gritei:

- Eu preciso falar! Alguém precisa me ouvir!

Os quatro me olharam e finalmente fizeram silêncio. Aproveitando a atenção deles - que eu não sabia quanto tempo irira durar - comecei a contar tudo o que havia acontecido comigo. E a cada detalhe, eu via a expressão de desdém em seus rostos. Ao fim do meu relato, todos riram:

- Tha, vocês estava sonhando... - falou alguém, mas eu não conseguia mais identificar quem.

- Não riam, é verdade!

...

Então, eu acordei.

10.8.08

satisfação

Chega a ser vergonhoso. Porque é o terceiro post seguido que eu faço que começa se desculpando e etc. E ainda, depois de exatamente um mês sem comparecer. Mas pior, esse aqui vai ter só isso, desculpas e afins. Porque eu acho que, antes tarde do que nunca, alguém que ainda tenha a paciência de checar isso aqui merece pelo menos alguma satisfação. E é o que eu vim fazer hoje.

A história é o de sempre: falta tempo, falta inspiração... Vergonha na cara também (rs). E mais, falta disciplina. Porque é possível eu escrever um post semanalmente, mas minha cabeça se confunde com as outras tantas coisas a fazer, e acabo que não faço nenhuma. Alguém já me ouviu falar isso antes? Se não ouviu, é porque acabou de me conhecer.

Muito prazer, eu sou a Tha, a pirata atrapalhada! A velha criança da Terra do Nunca e do campo de morangos - forever.

Mas da vida eu não posso reclamar. Num apanhado rápido, para atualização dos curiosos e saudosos - desses segundos, estou eu também saudosa! -, o que acontece é o seguinte: o medo continua lá, e tão forte quanto antes (ou talvez mais); a disposição e a empolgação aumentaram exponencialmente (sem motivo aparente, talvez seja a ficha caindo); a Nina estacionou e tá difícil fazê-la progredir mais (mas a esperança é a última que morre, e um tiquinho ela está progredindo sim); o Dom Corleone anda tão cansado que começo a me preocupar (eu adoro ele, espero que no final desses 2 meses ainda sobre algum caquinho para juntas os pedaços); as redes - sim, piratas são como nordestinos, não trabalham sem rede - têm desaparecido com uma frequência muito grande no navio e o preocupante é que o duendes do Suporte parecem ainda não ter conseguido descobrir o motivo (mas mais preocupada eu ficarei quando começarem a aparecer clipes de lugar nenhum); a Maria Bolinha está cada vez mais fofa (e a Maria Irmãzinha está cada vez mais redonda!).

Acho que falei o principal. Espero que semana que vem eu fale mais.

10.7.08

eu sei

Eu sei. E as desculpas continuam as mesmas, nem adianta repetir.

Mas eu preciso contar uma historinha...

Era um dia de TPM, comum, como outro qualquer. Acordei no mau-humor que acompanha esse período do mês, com aquela sensação de 'tá tudo errado na minha vida'. O básico, que toda mulher tá cansada de saber como é.

No dia anterior tinha um papelzinho do correio: "Tentativa de entrega, data tal e coisa e tal". Então, quando cheguei em casa para almoçar, já liguei no correio avisando que eu ia lá buscar. Porque eu sei como é, eles sempre tentam entregar de tarde, quando não tem ninguém em casa. Almoçamos correndo e fomos lá buscar o tal pacote. Sem fazer a menor idéia do que seria, afinal, nós não tínhamos encomendado absolutamente nada.

Já no correio, esperando o funcionário ir buscar o pacote, o marido - que iremos hoje chamar de 'Bento' -, diz para mim:

- Thaurélia, que será que é? Ou é banco ou é a mãe dela.

Pois eis que o pacote chega e em destinatário está escrito assim:

Thaurélia 'Di Bento'.

Eu nem precisei olhar o remetente. Eu já sabia que era, de fato, a segunda opção dada pelo Marido. O casal mais fofo ever. E era pinhão, muito pinhão. Uma caixa cheia de pinhão. Sabe por quê? Porque eu tinha dito pra ela que eu tinha perdido a receita de paçoca de pinhão. E no meio daquele monte de pinhão, tinha a receita junto com o recado mais fofo do mundo.

Então, lindona (vulgo, filha do casal), me passa o telefone deles de novo, porque eu quero ligar agradecendo. Pra variar eu perdi o número...

Ah, já ia esquecendo. A TPM passou na hora. E não voltou mais.

12.6.08

na chincha

Tem época que é duro. Porque assunto eu até tenho, muitas coisas até aconteceram... Mas sabe o que é não se lembrar de nada?! Eu estou ensaiando um post aqui já faz uns dias e vi que não dava mais para adiar quado a Ann B. me chamou na chincha*.

Acho que eu travei desde que meu pai me comparou com meu irmão. A gente sempre zuou com ele em casa, porque ele anuncia tudo. Eu sempre soube que eu também anunciava, mas não que eu era como o meu irmão.

A comparação surgiu assim. A gente estava comentando que meu irmão é super dramático. Ele teve uma otite brava esses dias (ele sempre tem) e ligou meia-noite em casa dizendo que estava tremendo e tal. E quando meu pai falou que era frescura, ele disse:

- Ah é? E se eu estiver com alguma infecção rara? Eu poderia morrer em dois dias!!!

Claro que depois, quando ficou constatado que era só mais um drama, ele veio com a história de sempre:

- Eu tava só brincando...

O caso é que ele tinha colocado assim no msn: "doente? de novo oO". Ou algo similar. E a gente estava justamente rindo desse drama e meu pai comentou:

- Anunciando, né! Anuncia tudo.

- Mas a Tha também faz isso no msn - quem disse isso foi o simpático maridão.

- Ah é? Que nem o irmão?! Não acredito que você também anuncia tudo!!! - disse o fanfarrão do meu pai, olhando diretamente para mim, e rindo já.

- Eu...

- Ih, ela tem até blog pra isso. Eu nem leio para não ficar nervoso...

A minha mãe tentou me defender, disse que eu sou engraçadinha e que eu não fico contando intimidades no blog... Mas já era. Meu pai não perdoa. E eu fui o alvo das rizadas. Pra variar, né. Afinal, meu irmão não estava e é muito mais legal pegar no pé dos presentes - que no caso se resumem em... mim.

Até porque, avaliando friamente aqui. Nem sei se minha mãe está certa. E aí eu acho que travei um pouco. Mas acho que passa. Olha só o tamanho do post que isso rendeu. Só pra falar que eu anuncio e que fiquei meio chocada com isso. E estou anunciando novamente.

É um ciclo vicioso. Acho que não tem cura. Os anunciantes gostam de anunciar e anunciarão para todo o sempre. Eles vão ter que se acostumar com isso. E eu também. Mas se eu não me acostumar, sempre será possível criar um grupo de ajuda: Anunciantes Anônimos. Mas aí ia confundir com aquele dos alcocólatras. Eu ia ter que arrumar outro nome para o grupo e não sei se ia dar certo. Acho melhor me acostumar com a idéia mesmo.

E tchau. Preciso ir no banheiro.



* Fui procurar no google como se escreve chincha. Fiquei chocada. "Chincha" também é usada para designar uma coisa que eu não fazia idéia. Tipo o que fazem com as pobres pombinhas... Fiquei em dúvida se "chamar na chincha" tem alguma conotação desse tipo. Mas acho que não, não pode ter, né. Mas ficam aqui as desculpas, caso eu esteja sendo ingênua demais.

5.6.08

a saga do grande giap, parte 2


Continuação de: A Saga do Grande Giap, Parte 1


- Oh, grande Giap, me ajude a descobrir os donos de tudo!


- Não é possível falar sobre isso - a voz áspera se fez ouvir novamente.

O medo se estampou em meu rosto. Aflita, desesperada! O que eu ira fazer agora?! Como eu poderia continuar as minhas importantes tarefas sem a ajuda e o conhecimento do Grande Giap? O que o teria feito mudar de idéia tão bruscamente?!

Em pânico, redigi uma imensa mensagem ao Duende Afirmativo:

Sr. Duende Afirmativo,

Ahhhhhhhhhh!!! Me jude!!!!!!!!

Tha, a pirata.

Foi então que a previdência falou em meu ouvido. "Não se afobe menina, ou poderá se envergonhar disso." Como uma boa pirata previnida, guardei a mensagem para mais tarde. Para quando eu tivesse certeza do que estava havendo. Pois antes eu deveria enfrentar o Grande Giap sozinha, frente à frente.

Voltei ao portal e esperei pela fatídica resposta:

- Não é possível falar sobre isso - o semblante sério do Grande Giap me fazia gaguejar.

- M-mas, senhor. E-eu prec-ciso saber...

E a resposta era sempre uma só.

- Não é possível falar sobre isso.

Porém, eu não fraquejei. Não me deixei intimidar. Argumentei, contra-argumentei, desargumentei. Pedi e repeti. Mas nada fazia com que ele mudasse suas duras palavras. Só que, de repente, notei algo diferente. O semblante do Grande Giap parecia mais ameno e, ao mesmo tempo, esgotado. Resolvi dar-lhe tempo, descanso e uma boa noite de sono.

No dia seguinte, lá estava eu. Firme e forte. E, quem diria, o Grande Giap parecia tão bem! Bem disposto, descansado, com até uma certa vitalidade. Finalmente, perguntei tudo o que precisava saber.

E ele respondeu. Ele realmente respondeu.

Agora, só me resta saber até quando...

FIM.
(?)

3.6.08

fura a fila, fura!

Pronto voltei. Deu pra notar que eu tenho épocas e épocas com relação ao blog. Sou volúvel, hehehehehe. Mas eu me esforço para não ficar muuuito tempo longe, tá.

No Pipoca no Edredon eu falei do filme Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (sim eu assisti!!!!!!). Aqui eu vou falar do que aconteceu minutos antes disso.

O filme começava às 22hs. 21h30 eu já estava com o maridão plantada na fila. E a fila já estava meio grandinha, quase no Boticário. Logo vieram dois seguranças e nos pediram educadamente (é sério) para deslocarmos metade da fila para o outro lado do corredor, pois a fila estava bloqueando a entrada e a vitrine de uma loja. Pois bem, eu estava na metade deslocada. Eu e o maridão ficamos em segundo lugar nessa nova fila, com apenas um grupinho de 4 meninos na nossa frente.

Mas, entendam, não era uma nova fila, era a continuação da outra, que agora se interrompia assim que atingia a tal loja. Um segurança colocou uma barreira bem atrás do último da fila interrompida e uma outra bem na frente do grupinho da fila de cá. E eu pensei, acho que isso vai dar confusão...

Dito e feito. Em pouco tempo três pessoas se plantaram ao lado da barreira que estava no fim da fila interrompida. Eram duas moças e um rapaz que deram uma olhadela na fila de cá e deliberadamente resolveram parar na fila de lá. A fila de cá já tinha começado a dobrar a "esquina" nessa hora. Aí, um homem saiu do meio da fila de lá e disse para os três que eles estava no lugar errado, mostrou onde eles deveriam ir e avisou: "O pesoal da outra fila vai ficar zangado...". Assunto encerrado? Não. Eles deram de ombros, riram e permaneceram plantados no mesmo lugar. Ou seja, furando fila.

Aí, os meninos do grupinho da minha frente começaram a tentar acenar para que os três fossem para os lugares certos, mas eles simplesmente não olhavam para nós, claro. Outras pessoas se confundiram e começaram a parar alí também, mas a gente acenava e elas iam direitinho para o final correto da fila. Só os três continuavam lá.

Então, o resto da fila de cá começou a perceber aqueles três fura-fila e uma menina foi até lá conversar com eles. Conversa daqui, conversa dali. Chega mais um rapaz e se junta aos fura-fila, e eu via uma das duas fura-fila balançando a cabeça em negativa. Aí a menina da nossa fila voltou e falou "eles disseram que eles não sabiam que a fila continuava aqui e que agora a fila tinha crescido muito desde que chegaram". E o Quico..?

Pois, os quatro à minha frente se entreolharam e partiram em comboio para conversar com os fura-fila. Conversa daqui, conversa dalí. E a tal menina continuava balançando a cabeça em negativa. Os meninos disseram que eles tinham sim sido avisados. E que aquilo era furar fila e etc. Nesse momento a fila já estava chegando na "esquina" que leva à praça de alimentação. Mas o rapaz que tinha chegado à pouco já decretou. "Nós só saímos daqui se o segurança vier falar com a gente". Ótimo.

Lá veio o segurança. Idéia deles, vejam bem. E conversa daqui, conversa dalí. O segurança dizendo que eles não podiam ficar alí e... A fila começou a andar: já estava na hora de o filme começar. A satisfação estampou-se no rosto de cada integrante da fila de cá conforme a gente ia passando pelos quatro fura-filas.

A fila inteira entrou, se acomodou, lotou o cinema. LO-TA-DO. Aí, parte das luzes se apagaram e os trailers começaram. Foi então que eu vi, os quatro fura-filas entrando e procurando algum lugar, que provavelmente só existia lá no gargalo. Devem ter aproveitado bastante.

24.5.08

saída

Outro dia eu saí com o maridão. Por mais que pareça mentira. Fomos reencontrar meus amigos, comemorar a conquista de um deles. Existe motivo melhor para sair? E fomos num lugar que fazia muito tempo que eu não ia (a última vez havia sido com a Ann B., ela e o maridão), o Café. Estava muito gostoso! Eu não consegui conversar muito com todo mundo - principalemente com ela, mas já foi o suficiente para matar um pouco a saudade do pessoal e dar boas rizadas.

Antes, vou fazer um parênteses. De tarde, liguei para o meu pai pra falar sobre burocracias, e quando eu já ia desligar ele começou:

- Sabe, eu estava pensando em uma coisa. Agora é uma hora muito boa pra você engravidar... e blablablá...

- Ai, pai, tá bom, tá bom. Preciso desligar porque estou falando do celular, tá?!

Contei pro maridão e ele deu risada. Mas logo esquecemos.

Aí, antes de ir no Café, resolvi comer um miojo, porque eu estava morrendo de fome desde as 15h30min . Assim, morrendo. Comi o miojo umas 19hs, depois tomei um banho e fomos. Já no carro eu comentei com o maridão.

- Acho que ainda estou com fome.

Então, chegamos lá e eu achei que não estava com tanta fome e que não conseguiria comer nem um dos pratos sozinha (e o maridão também já tinha jantado em casa), então eu disse que não queria nada. Passaram-se alguns minutos e o povo começou a falar da Nina, querendo saber se eu achava que ela estava mesmo grávida e tal (a propósito, estou achando que não...). Enquanto isso, o maridão continuou olhando o cardápio.

Eu sei que no fim das contas ele me convenceu a pedir um lanche frio de rosbife, alface, tomate, parmesão e molho pesto (está me dando água na boca enquanto escrevo) e disse que me ajudaria se eu não aguentasse. Quando o pessoal ouviu que eu estava com fome depois de ter comido em casa, e já começaram a tirar um sarro, dizendo que eu estava comendo por duas no lugar da Nina. Foi nessa hora que o maridão arregalou um olho enorme pro meu lado:

- Opaaaa!!!!

Aí, claro que o povo começou a perguntar se eu estava enjoada e tal. Demos umas risadas e passou. Comi mais ou menos metade do lanche - que estava simplesmente delicioso.

Passou um tempo e a esposa do nosso no novo quase mestre vira e fala.

- Tha, eu e o novo-quase-mestre estávamos conversando e achamos que você vai ser a primeira da nossa turma a ter filhos.

O pessoal caiu na risada. O maridão soltou um:

- Ah, vocês combinaram!

E, pior, a avoada nem tinha ouvido o auê que fizeram porque eu estava com fome depois de jantar. Foi coincidência mesmo.

Acho que isso é um sinal. Que o maridão não me ouça.

MWAHAHAHAHAHAHA (risada maligna).



Outra coisa que queria contar da saída desse dia. Tinha música ao vivo. Normalmente, quando o cara canta bem, eu gosto muito, mas nunca é assim uma vontade de pagar o couvert (sim, eu sou muito pão-dura). Dessa vez era uma dupla, os dois tocavam guitarra e um deles cantava. E cantava muito bem - esorria enquanto cantava, dava pra ver que ele gostava muito daquilo. Só que eles me conquistaram no repertório. O melhor repertório ever. Tocaram, entre outras coisas ótimas: Pink Floyd, Led Zeppelin, David BOwie e Seu Jorge. Quase pirei. Eu estava a ponto de levantar e começar a dançar no meio das mesas (não, eu não estava bêbada). Na verdade fiquei com vontade de casar de novo - com o maridão, claro - só pra poder contratá-los para cantar no casamento. Porque, assim, se no meu casamento não tivesse DJ (que era muito bom, por sinal!), eu ia querer algo exatamente daquele jeito. Eu realmente não queria aquelas bandas fantasiadas e coloridas... Bom, eu sei que, no fim, eu paguei o couvert com gosto! Achei até pouco.

22.5.08

a peninha, parte 1

Nos últimos dois dias, tive que lidar bastante com duendes. E me parece que assim continuará por mais uns dias. Três dias atrás, o Subchefe* veio me mostrar uma mensagem enviada pelos duendes do Suporte.

Comecemos do começo.

Eu tenho uma pena. Não é mágica como a outra, e nem era de fato minha. Ela era de todos os piratas, mas ela ficava aqui comigo, sob minha tutela. Eu gostava dessa pena, ela era pequena e simpática. Um dia, ela decidiu que não deixaria mais eu pegá-la. Toda vez que eu precisava usar a peninha, ela corria e corria. E corria. E eu tinha que me virar com aos outras penas dos piratas.

Foi tão do nada quanto quando ela resolveu fugir de mim, que um dia ela parou de fugir. Acho que ela cansou, coitadinha. Só que ela ficou tão cansada de correr, que quando eu pegava ela, ela escrevia e desenhava muito devagarinho. O Chefia começou a ficar irritado com ela e, por sorte, chegou uma pena pro Subchefe, uma pena que estava com os duendes, mas que eles estavam devolvendo porque ela já estava curada. Aí, todos começamos a usar a pena do Subchefe.

Só que eu ficava com dó da minha peninha. Ela estava tão deixada de lado, parecia que ela estava meio tristinha até. Então eu continuei, eventualmente, a usá-la. Acho que ela ficou mesmo muito magoada, porque certo dia ela simplesmente resolveu que não ia mais escrever nem desenhar nada. Eu pegava ela, mas dela nada mais saía.

- Ela deve estar com sede - diziam.

Então eu dei a ela de beber. Mas de nada adiantou. Ela não escrevia. Ela até começava, mas nunca terminava uma página sequer. Foi quando eu pensei que não deveria ser má vontade dela. Ela estava doente.

Desesperada, mandei uma mensagem aos duendes do Suporte:

- URGENTE!!! Ajudem a minha pena!

Então, mandaram alguém buscá-la. Era o duende de sempre. Cheguei a brincar:

- Quer ver que só porque você está aqui, ela vai escrever direitinho?! - disse eu.

- É sempre assim, como os unicórnios. Sempre que a gente quer mostrar que eles estão empacando, eles resolvem galopar.

Mas a peninha não escreveu. E o duende teve que levá-la. E eu sabia que ia ter que ficar muito tempo sem vê-la novamente. Porque é sempre assim quando os duendes os levam (mas também, imagine ser um duende e ter que cuidar de todas as penas, entre outras coisas, de todos os piratas...).

Isso já faz muitos e muitos dias. Então, três dias atrás o Subchefe recebeu um parecer dos duendes, e me mostrou:

"PROBLEMA: escreve normal no começo, começa a falhar no final.
SOLUÇÃO: Desidratação. Ela diz que não tem sede, mas está confusa, está com sede e por isso não aguenta escrever uma folha inteira. Dar de beber a ela resolve o problema".

Aí eu lembrei que eu dei de beber a ela. Eu sei que dei. Então o Subchefe me falou:

- Avise-os.

Avisei. Uma mensagem aos duendes explicando tudo. Mas agora preciso esperar a resposta deles.




* Lembra que ele tava com uns problemas aqui no trabalho? Acabaram! Fiquei muito feliz por isso!!!

20.5.08

rpg

Ontem eu estava lendo o Ao Sugo e eles estavam falando sobre RPG. Eu adoro RPG. Mas acho que o descobri muito tarde...

Primeiro eu ganhei o Hero Quest, um joguinho bem simples, meio que uma iniciação ao Dungeons & Dragons. Eu e meus primos quase piramos. A gente jogava muito. Aí, meus primos ganharam o Dungeons & Dragons, mas eu era quem deveria ler tudo e aprender a jogar e tal. Só que nem sempre eu tinha tempo pra fazer isso e a gente morava longe uns dos outros. Aí, nunca chegamos a jogar. Agora eles cresceram e não sei bem se eles ainda estão interessados em tentar.

Concomitantemente, eu conheci um pessoal que jogava RPG na minha escola, mas eles eram mais velhos que eu. Consegui jogar duas vezes (mas não era D&D nem nada, era um tipo de jogo inventado na hora, bem rapidinho, que eles fizeram para me ensinar o básico). O problema é que esse povo todo passou no vestibular e dispersou. Aí fiquei sem ter com quem jogar. Foi uma frustração.

Quando eu entrei na faculdade, certo dia um carinha viu que eu estava vendo coisas de vampiro na internet e perguntou se eu não gostaria de jogar Vampiro: A Máscara com ele e um outro pessoal. Um amigo dele chegou a me ensinar as regras básicas do jogo, mas faz tanto tempo que não lembro de nada. Só que ficou só nisso, nunca cheguei a jogar com eles e nunca mais ouvi falar deles.

Finalmente, quando eu estava nos últimos anos do curso, acabei sendo convidada por uns amigos meus a jogar cyberpunk. Não foi o suficiente para eu realmente pegar o jeito, mas dessa vez eu cheguei a jogar vários dias com eles. Pena que não deu nem pra terminar a história que estávamos jogando porque, de novo, o pessoal dispersou. Foi a última vez que joguei, e já faz uns 4 anos.

Mas, sabe, eu sonho em um dia poder jogar de verdade. E eu queria era jogar o AD&D mesmo, não esses novos. Quem sabe com os meus filhos...


Hoje a única coisa que sacia um pouco essa vontade de jogar RPG, é fazer parte de Endor e do A Corte das Sombras. Mas não é a mesma coisa...

19.5.08

a saga do grande giap, parte 1

Num outro mundo, existe um ser chamado Giap. Ele existe nesse outro mundo para passar informações de muita valia para todos os piratas. O Giap é um ser muitas vezes complicado e os piratas só conseguem entrar em contato com ele através de um portal, sendo que para olhar pelo portal é preciso de uma senha. Mesmo assim, nem todos os piratas recebem senhas e nem todas as senhas possibilitam que o grande Giap forneça todas as informações que ele conhece.

O Grande Giap é muito reservado e ele só confia nos duendes. Por isso, só quem consegue fornecer as senhas para os piratas são os duendes - e veja bem, nem são todos os duendes.

Eis que um dia, eu, pirata que sou, precisei conversar com o Grande Giap. Aí, mandei uma mensagem para os duendes, na esperança de que um deles me desse uma senha. Depois de um tempo, consegui entrar em contato com um duende, um muito simpático (tão simpático quanto um duende que vem sempre aqui). Mas esse era um outro tipo de duende, era um duende afirmativo. Os duendes afirmativos, como o próprio nome diz, dizem sim.

Assim, eu pedi ao duende afirmativo uma senha e ele disse:

- Sim.

Então, eu fui até a Floresta Afirmativa (onde não só o duende, mas os piratas também são afirmativos) e conversei com o duende, que me recebeu muito bem e me ensinou tudo sobre onde fica o tal portal e o que eu devo fazer quando frente a ele.

O tempo passou e eu percebi que a minha senha deixava que eu conversasse com o grande Giap sobre muitas coisas, mas existia uma em especial que eu precisava perguntar pra ele e ele se recusava a responder. Por isso, falei com o duende afirmativo, ele fez umas mágicas de duendes e minha senha agora deixava o grande Giap tirar as minhas novas dúvidas também. Só que o grande Giap continuava se recusando a me dar as informações. E, dessa vez, ele me disse que nada tinha a ver com as senhas, mas se recusou a dizer o motivo. Ele simpesmente dizia:

- Não é possível falar sobre isso - e sua voz áspera ecoava pelo portal enquanto minha ansiedade crescia.

Falei novamente com o duende afirmativo, só para dar um parecer de como as coisas andavam, pois eu realmente acreditava que esse tipo de problema só poderia ser resolvido por um dos duendes do Suporte, um que eu sabia que também conhecia o Grande Giap. Mesmo assim, talvez por ser sua natureza, o duende afirmativo se empenhou em me dar uma resposta afirmativa, dizendo que tentaria ele mesmo resolver o problema. Enquanto isso, o duende do Suporte mostrou que na verdade a função dele parecia ser outra e que já havia feito tudo ao seu alcance para resolver o meu problema.

Foi um dia laborioso para os duendes. Eu já estava envergonhada de pedir ajuda, mas o duende afirmativo realmente sabia qual era o problema do Grande Giap e conversou num tet-à-tet com ele. Então o duende afirmativo me explicou que, como o assunto sobre o qual eu queria me informar era muito desinteressante, o Grande Giap achou que nunca mais deveria conversar sobre aquilo com ninguém. Mas depois da conversa com o duende afirmativo, ele concordou em falar comigo (e com quem mais tivesse a senha necessária) sobre aquele assunto.

Então, eu, muito cuidadosa, me aproximei do portal e conversei com o Grande Giap. Ele me mostrou que tiraria as minhas dúvidas e, como eu não tinha tempo suficiente naquela hora, fiquei de voltar outro dia. O outro dia chegou e eu fui novamente até o portal:

- Oh, grande Giap, me ajude a descobrir os donos de tudo!

- Não é possível falar sobre isso - a voz áspera se fez ouvir novamente.


(Continua...)

17.5.08

nina, 'trá veis.

Sabe que a Nina até deu uma mordidinha no último feriado (nem doeu). Mas a gente estava tentando mudar ela de colo, ou seja, algo extremamente perigoso... hehehehe

Mesmo assim, EU ACHO que ela está melhorando. Em casa, comigo e o maridon, ela já deixa um fazer carinho nela enquanto ela está no colo do outro; ela também está deixando fazer carinho nela quando ela está na casa dela.

Além disso, eu já vi umas vezes ela ter mais paciência com a gente. Tipo, de vez em quando escapa de eu fazer alguma que ela não gosta muito: outro dia apertei o "queixo" dela quando ela estava no colo do Maridão. Ela não gosta nem que a gente afague ela quando está no colo de alguém, e nunca gosta que eu aperte o "queixo" dela em nenhum momento. Aí, sei lá o que que deu em mim e, sem pensar, inventei de fazer os dois ao mesmo tempo. Ela não rosnou, mas fez uma cara de "estou muito odiando você agora". Só que não rosnar é um passo enorme para ela, então fiquei super feliz (e fiz muuuuito carinho nela para recompensar o incômodo).

Ah, ela também está aprendendo super bem a andar atrás. Acho que ainda não tinha falado sobre essa técnica. O negócio é o seguinte: se a Nina acha que é a líder da matilha (e por isso acha que tem o direito de mandar/rosnar/morder), temos que fazê-la entender que quem manda é a gente e que, na hierarquia da matilha, ela é a última. Não, isso não é maldade. Isso é bom pra ela, porque ser a última na hierarquia significa que ela não tem as responsabilidades que ela sabe que não consegue dar conta - assim, ela vai ficar muito menos frustrada e muito mais tranquila.

Voltando ao 'andar atrás'. Uma das táticas para mostrar ao cachorro que ele não é o lider, é nunca deixá-lo andar na sua frente. Em uma matilha, o líder é aquele que anda na frente de todos. Então, estou ensinando a Nina a sempre andar atrás ou do lado da gente. E, pasmem, está dando certo. Muito de vez em quando ela esquece e passa na nossa frente, mas basta chamar rapidamente a atenção dela e ela volta toda saltitante para o nosso lado.

No sítio ou na casa da minha sogra fica mais difícil de saber se está funcionando. Primeiro porque ela sempre está muito cansada quando a gente vai pra lá e também as pessoas estão com tanto medo dela que nem tentam muito descobrir se ela já está boazinha ou não. Mas quem está me surpreendendo é o meu pai. Ele está abraçando a causa de melhorrar a Nina e, quando escapa a vontade de dar uma provocadinha nela, basta eu pedir "por favor, pai..." e ele para na hora. Já a minha mãe é meio Felícia (que nem eu) e de vez em quando ela tenta dar umas apertadas e agarradas na Nina (coisa que a catchora ODEIA), mas que é difícil de resistir mesmo. Eu entendo. Além disso, minha mãe se policia bastante para não exagerar nesses agarramentos.

15.5.08

episódios

Eu até escreveria com mais frequência, mas ia ser o mesmo de sempre. Estou: nervosa, preocupada, ansiosa e com medo. Igual a ontem, igual a ante-ontem, igual a ante-ante-ontem, igual a... Acho que deu pra entender.

Mas pra falar a verdade, até aconteceram algumas coisas nos meus dias desde a semana passada. Por exemplo, teve o episódio do ataque às bolachas semi-comunitárias. Não vou me alongar muito sobre isso, mas ficou decidido (por eu mesma) que vou mudar meu tipo de lanchinho da tarde.

Também teve o episódio de todos desdenhando a gravidez da Nina. Tá, eu não sei se ela está ou não grávida, mas a família faz uma pressão! Primeiro todo mundo pergunta, tipo com dois dias do acasalamento, se ela está grávida. Mesmo sabendo que não é possível eu saber uma coisa dessas tão rápido. E eu digo: acho que só vai dar pra saber daqui a um mês. Mas quando dá três semanas e ainda não dá pra saber de nada, todo mundo vem e diz "ah, ela não tá grávida não! olha lá, nem tem barriga...". Meu! Ainda bem que a Nina não entende português, se é comigo eu já ia estar explodindo de ansiedade. Na verdade, já estou ansiosa. Por ela. Daqui a pouco já tô vendo o pessoal fazer bolão. hehehehehe.

Acho que os episódios acabaram...

Mas isso só explica o motivo de eu não ter vindo contar essas coisas antes. Que remete ao início desse post. Eu estou nervosa, preocupada, ansiosa e com medo. Aí, não consigo muito me concentrar e pensar nessas coisas. Aí, na hora de blogar, não lembro de nenhuma história.

9.5.08

público alvo

Eu participo de um outro blog, chamado Mendigo Virtual. Quem criou foi o Jassa, junto com um outro pessoal que, acredito, chama ele pelo seu nome verdadeiro. Eu, particularmente, não consigo acostumar.

Bom, o Mendigo Virtual é um blog de variedades. Lá tem tudo, principalmente crônicas. Eu entro com a parte das resenhas de filmes, claro. Aí, outro dia eu estava pensando que eu apenas contribuía com uma coisa que eu já tenho, o Pipoca no Edredom. Mas, então, eu pensei. E o Strawberry Fields Forever?

Foi quando me dei conta que o Strawberry Fields Forever é diferente. Eu não tenho ele para atingir um monte de gente. Eu só resolvi reabrí-lo porque eu tenho amigos que moram longe e o blog facilita a nossa interação. Aqui eu posso deixar as pessoas que eu gosto por dentro do que acontece comigo. E aí, é como se elas estivessem mais pertinho de mim.

Não que eu esteja fazendo pouco caso dos visitantes que eu não conheço e que eventualmente aperecem por aqui. O que, há de se convir, são muito poucos. A verdade é que eu gosto quando aparece alguém do nada e diz que gostou do blog e tal, é só que essas pessoas não são o público alvo.

Aqui também é o meu cantinho do desabafo. E como ninguém aqui sabe de quem eu falo, porque eu nem acho certo ficar dando nome aos bois, eu acabo exagerando e floreando as histórias. Só porque é mais divertido. É claro que eu não trabalho com barcos à vela de verdade (e a maioria esmagadora de quem lê isso aqui, já sabe com que eu trabalho), ou com pergaminhos e piratas e duendes, mas como é um blog aberto, eu prefiro omitir algumas coisas. O que me dá a possibilidade de aumentar algumas outras também.

No fim, nem sei porque estou falando essas coisas. É que eu pensei nisso outro dia e, como ando sem assunto ultimamente, foi a única coisa que me veio na cabeça hoje. Hehe.

8.5.08

sumi

É, eu sei... Deve ter sido os feriados, também um pouco do cansaço que tem me atingido esses últimos dias. Na verdade acho que um é consequência do outro. Apesar de ter descansado muito, principalmente nesse último feriado, fico com a impressão de que não foi suficiente. Ou pior, que apenas me deu aquele gostinho e agora eu não quero mais parar de descansar. Eu sou um tipo que precisa de férias.

Todos precisam de férias, todos merécem férias - você diria. E eu sei e entendo isso, mas eu sou uma pessoa que se esgota. Safadeza sua, folgada e preguiçosa - você diria. E não deixa de ser um pouco de verdade. Mas eu juro que não é de propósito. É mais forte do que eu, e mesmo assim, eu luto contra isso, de verdade. Cara de pau - você diria.

E eu respondo: me desculpe...

24.4.08

encontros

Aí que esse feriado não teve apenas encontros familiares humanos.

A Nina estava no cio. Na verdade ela estava naquele dia, com todos os chakras alinhados. Ela estava bombando. Eu estava até triste porque estou doida pra colocar ela pra cruzar, mas como eu fui pro Sítio, não ia dar dessa vez de novo.

Minha tia M. tem um poodle, o Benji. Ele é bem maior que a Nina. Fazia tempo que ela não levava o Benji no Sítio, nem lembrei de avisar que a Nina estava lá, com seus chakras. E o Benji foi.

Que pânico me deu. Em mim e na minha mãe. Não sabia se eu levava a Nina pra minha sogra, se eu trancava ela na casa. Foi um auê. A Nina gritava! Ela estava alucinada e o Benji chorava. Era comovente. Aí o meu irmão estava com uns amigos lá e a menina me disse que a cachorra dela é menor que o cachorro dela, mas eles cruzaram duas vezes e correu tudo bem. Fizemos uma enquete com a família toda e todo mundo foi a favor de deixar rolar.

Resolvi soltar os dois e deixar nas mãos de Deus. Foi uma putaria daquelas. A gente comendo churrasco e de repente apareciam os dois no meio de todo mundo e créu. E corriam para todo lado, saltitantes. A Nina estava ensandecida, quando eles estavam separados ela esperneava e dava umas patadas no Benji, e soltava gritinhos! Eu não conseguia nem olhar! Minha filhinha!!!!! Até meu avô, surdo que nem uma porta, ouvia.

Assim foi o domingo inteiro. Não sabemos se teve alguma das vezes que foi eficiente de verdade, quero dizer, não há provas de que os créus que a gente viu vão dar resultados. Só o tempo dirá.

Aí, de noite minha tia foi embora e levou o Benji com ela. Meu avô foi junto, mas na hora que eles estavam saindo, ele olhou para a Nina e falou:

- Mundana!

e o feriado?

Gente do céu! Essa semana tá passando muito rápido! A próxima, então, nem se fale...

Bom, o feriado, né.

Os meus meninos foram para o Sítio e tudo foi praticamente perfeito. Só não digo que foi perfeito porque a Priminha não foi mesmo. Eu queria muito que ela tivesse ido, mas o Primo 3 garantiu pro meu pai que eles vão voltar mais vezes e que da próxima ele leva a Priminha de qualquer jeito! Também fiquei sabendo de umas coisas que me deixaram meio cabrera. Coisas que eu quero fingir que não sei porque se eu começar a pensar muito, não vou ter coragem de voltar na casa da minha tia (não importa quem mora lá, não importa... para mim aquela vai ser sempre a casa da minha tia D.) e, pra ser sincera, eu já andava sem muita coragem antes.

De resto, foi tudo ótimo! Meus primos estão com um aspecto muito melhor. O Primo 4, que estava com uma cara muito preocupante da ultima vez que o vi, dessa vez estava com cara de saudável e está voltando a ser o mesmo de antes. E eles estão lindos! O Primo 4 tava com uma barba totalmente dispensável, mas dá pra ver que é só ele tirar a barba que ele ficaria ainda mais bonito. O Primo 3 cortou aquele cabelinho que ele tava usando no meu casamento e está lindo, galã de cinema*.

Ai, eu estava com tanta saudade deles! Tanta!!! E eu até estava preocupada que desse algo errado, por causa dos problemas que eles estavam enfrentando uns tempos atrás. O Primo 4 tinha me dito que já estava resolvido, que ele tinha parado e tal, mas eu não sabia se ele tinha me dito aquilo só pra me agradar. Com esse feriado, acho que não foi pra me agradar não. Eu realmente acredito que eles se resolveram agora.

Acho que eles vão ficar bem. Eles merecem.




* Os primos são meus e eu acho eles lindos e ponto. Os amigos do Primo 3 dizem que ele está parecendo o Ferraço de Duas Caras, eu acho que ele é mais bonito.

18.4.08

eles vão!!!!

Eles vão!!! Eles vão!!!!

O Primo 3 e o Primo 4 vão pro Sítio comigo pra passar esse feriado!!!! Eles vão!!!!!
Tá, seria perfeito se a Priminha também aceitasse ir, mas...
Eles vão!!!!!


Eu sei que eu fiquei descaradamente essa semana toda sem escrever nada. E sei que é muita cara de pau aparecer aqui só na sexta-feira e ainda fazer um post titico desse. Mas não deu mesmo.

17.4.08

rabbit tell

Lembra que eu falei de um jogo muito bom, de um brasileiro? Bom, o tal brasileiro se chama Rodrigo Roesler, e ele e seu parceiro Bruno Maestrini resolveram montar uma empresa chamada Rabbit Tell. Para quem nunca jogou Trapped o nome da empresa é uma incógnita, e como eu achei esse nome o máximo, vou explicá-lo.

Trapped é um jogo que tem muitas referências à literatura. A começar pelo nome da primeira parte "The White Rabbit", sendo que a frase "Siga o coelho branco" é parte importante do jogo. Bom, quando você encontra o tal coelho no jogo, ele é apenas uma estátua de um coelho que está segurando um arco (daqueles que costumam ser usados com flechas...) e mirando acima da cabeça da estátua de um menino à sua frente. E, em certo momento, você coloca uma fruta na cabeça da estátua do menino.

Espero que eu não precise explicar mais nada com relação ao nome da empresa Rabbit Tell. Mas é o máximo, não é?! Se tiver alguma empresa super querendo investir em jogos lendo o meu blog (ã-hã), eu super recomendo a Rabbit Tell. (Juro que eu não estou recebendo nenhum troco pela propaganda... rsrs)

Bom, o causo é que eles começaram um projeto novo de jogo e eu fui chamada para tester de novo!!!! E o jogo é muito bom também! Sério, eles são muito bons. O senso de humor deles é assim, peculiar. rsrsrs. E eu realmente acho que todo mundo no mundo deveria jogar pelo menos o Trapped, pra conhecer e prestigiar esses brasileiros!

13.4.08

161

Página, 161 - 5ª frase:

"Da terra infestada de fungos emanava uma vaporosa luz cadavérica, amarela e doentia, que borbulhava e se enovelava a uma altura enorme em vagos contornos meio humanos, meio monstruosos, através dos quais eu podia ver a chaminé e o fogão por trás".
H. P. Lovecraft, Nas Montanhas da Loucura, Iluminuras.


Next?



Trata-se de um meme:
"A brincadeira é abrir o primeiro livro que vir pela frente na pagina 161 e copiar no seu blog a 5ª frase" - por ela. Agora, quem quiser, pode dar continuidade à vontade em seu próprio blog.

11.4.08

sobre como odeio brigas

Eu odeio brigar. Mas dessa vez teve que ser diferente. Hoje eu estou bem, porque fizemos as pazes. Até porque eu tive que fazer as pazes logo depois, segundos depois do ocorrido. Isso é segundo O Livro. Não posso guardar mágoas, nem umazinha, pra depois. Não pode haver tratamento diferente depois de um desentendimento, tenho que simplesmente fingir que não aconteceu. E foi o que fiz.

Ontem a Nina me mordeu. Ela estava muito mal-humorada e eu estava tentando fazer ela parar de rosnar. Segundo O Livro eu não posso recuar. Aí, uma hora eu acabei pegando ela no colo e, na hora que fui colocá-la de novo no chão, ela me mordeu. Eu não podia mostrar que me assustei, então deixei ela me morder. E, ela estava tão nervosa que mastigou meu dedo. MAS-TI-GOU. E eu, alí, com ela no colo, começei a chorar copiosamente. Não por dor, porque nem fez machucado, mas por raiva de mim. Porque é sempre assim. Ela está nervosa, aí eu fico querendo fazê-la parar de rosnar e ela me morde. Eu conto nos dedos as vezes que ela realmente me mordeu. Acho que foram 5. Mas todas foram assim.

Então, estou eu chorando com a Nina no colo. Eu com raiva de mim e fazendo carinho nela. Eu deitei no sofá e abracei ela e ela, arrependida, nem ligou muito (porque normalmente ela não gosta de ser abraçada). Eu chorava de soluçar e fiquei alí com ela um tempão. E aí eu só pensava em uma coisa: que ela era uma cachorra boazinha e adorada por todo mundo, e agora todo mundo vive falando mal dela. Eu me sentia um grande fracasso, porque ela é a primeira cachorrinha que eu tenho que é criada por mim e segundo as minhas regras. E eu consegui deixar ela meio zuadinha.

E ela é boazinha. Mas ninguém acredita em mim por causa desse probleminha de temperamento dela. E ninguém acredita que a maior parte do tempo ela é calminha e simpática. Eu fico tão triste com isso. Eu odeio saber que todo mundo pensa mal dela, eu odeio ouvir as pessoas falando que ela é brava e morde, eu odeio ouvir as pessoas chamando ela de louca. Odeio porque as pessoas estão tratando ela diferente, olhando para ela diferente e ela é a única que perde com isso. E é por isso que eu preciso fazer alguma coisa. Eu preciso fazer ela voltar a ser como antes. Pra todo mundo voltar a gostar dela.

10.4.08

marinheiro, só?

Você já viu um marinheiro slash arqueólogo? Sou eu. Fui à procura do primeiro imediato de um barco vizinho, mas encontrei apenas um marujo de quinta. Coitado do marujo, ele é até simpático, mas não é um poço de competência não. Ilustrando: ele precisa trabalhar com penas, mas não sabe nem mexer com o tinteiro...

O marujo não me ajudou em nada. Por que é assim, estou a procura de informações sobre terras não muito distantes, porém descobri que existem informações erradas correndo soltas e uma dessas terras sequer tem informações encontráveis. Mas o marujo parece que sabia menos do que eu sobre o assunto (apesar de fazer mais parte da função do barco dele do que do meu...).

Por sorte, logo depois encontrei o primeiro imediato. Esse sim conseguiu me trazer uma luz: "vá falar com o capitão". O problema é que o capitão está de licença por problemas de saúde (encontrou um jacaré, à lá Capitão Gancho).

Credo, mudei o foco da coisa. Completamente. Eu ia falar que ultimamente meu trabalho tem sido mais de arqueólogo, porque tenho que ficar cavucando tudo quanto é buraco pra ver se encontro alguma coisa que me conte uma história iluminadora. Claro que sempre cavuco em buracos que não me trazem nada de útil, mas continuarei cavando.

Nossa, me perdi nesse post.

Ah, esqueçe.



Eu tava reparando aqui que o post anterior não tem nada de resuminho. Eu tô bem, hein...

9.4.08

resuminho

O medo
Ainda está on. E duvido que ele passe para off um dia, então, deixa pra lá.


A Nina
Ela me emprestou um livro de adestramento. Já li uma boa parte e descobri que o problema da Nina é com a matilha. Porque, nós não somos uma família, e sim uma matilha. E ela resolveu que é a líder - culpa nossa, claro. Bom, agora vou ter que me desdobrar pra tirar a liderança da bicha, mas sem nenhum tipo de imposição exagerada.

Assim, sempre que ela rosnar, eu não posso recuar, senão estou reforçando a liderança dela. O problema é que eu raramente recuo, mas e o resto? Vai ser difícil fazer o maridão e os avós da Nina não recuarem. Ou seja, vou ter que tentar ao máximo driblar as "situações de risco". Ou seja, evitar situações em que a Nina normalmente rosnaria para as pessoas, e nunca mais eu recuar, até ela aprender que quem manda não é ela e, quem sabe, parar de rosnar.

Outra forma de fazer ela parar de rosnar é oferecer recompensas pra ela sempre que ela não rosnar numa situação que ela rosnaria. Por exemplo, se minha mãe chegar com um biscoitinho na mão e a Nina estiver no meu colo, claro que não vai ter rosnadas. Aí, minha mãe poderia ficar um tempo afagando a Nina no meu colo e depois recompensá-la com o biscoitinho por não ter rosnado. Aí, com o tempo, a Nina ia ficar menos desconfiada das pessoas que se aproximam dela quando ela está no colo de alguém e, quem sabe, até ficar feliz com a aproximação dos outros.

E o spray com água? Ah... ainda vou ver se vou continuar com aquilo. Estou numa tremenda dúvida, viu.

5.4.08

e agora, josé?

Essa semana foi de tomada de decisões. Por enquanto não quero especificar nada, pois de alguma forma essas decisões não envolvem apenas a mim. Mas tudo pode mudar, ou melhor, vai.

E isso dá medo.

Assim, muito.

30.3.08

minha arquitetura

Então, surge o Pulinho com esse link. E, finalmente, eu consigo chegar a uma conclusão sobre a minha arquitetura.

Desde que eu saí da faculdade eu vinha me perguntando. No que é que eu acredito? Que arquitetura eu realmente adimiro e sonho em fazer um dia? Para alguém que sai de uma faculdade que praticamente prega o modernismo durante 4 anos e o high tech durante um, eu me sentia um pouco perdida.

Não há como negar que seja tudo muito lindo. Mas, do modernismo, por exemplo, o que me seduz é a facção brega brasileira. Tipo o neon do guarda-corpo e as luminárias azuis da casa modernista, sabe?

E aqueles arquitetos que a gente aprende na faculdade, cheios de panos de vidro e linhas retas. Abaixo o ornamento! Só que a cada dia que passava, mais eu me perguntava. Por que não o ornamento? Ei, linhas retas e panos de vidro são lindos sim, mas veja bem. O ornamento também.

No link lá em cima, tem o andar Victorio e Lucchino (e, ironicamente, eles nem são arquitetos). É aquilo que eu quero fazer. Um dia, eu quero projetar algo que tenha aquele aspecto. Com cor, painéis, quadros, cadeiras breguinhas. E linhas retas. Porque as duas coisas podem andar juntas.


28.3.08

(in)satisfação

Ontem eu estava bem mal ainda, mas mesmo na hora que eu estava ruim eu sabia que a maioria das coisas que eu estava pensando era por causa da tpm. Todo mês ela me faz ficar impaciente com alguma coisa, aí juntou com o meu ex-curso e deu no que deu. Aí, escrevi ontem mesmo o post abaixo e deixei pra publicar hoje. Escrevi antes de ver o comentário lindo de morrer da minha mamys, e antes de conversar bastante com o maridão. O maridão que foi um fofo, e é sempre. Hoje eu estou bem melhor, apesar da tpm, que ainda permanece. Na verdade, estou ótima mesmo. Só uma dorzinha de cabeça que eu estou decidida a ignorar, rs.

Segue o post que já não é mais:



Chegou aquele dia do mês. A tpm de novo.

Hoje eu estou insatisfeita.

Eu quero o curso que eu não posso ter agora, o bebê que não me querem dar. O futuro que demora a chegar. Eu quero tudo, só pelo prazer de querer. O agora é pouco e "o amanhã não é o bastante". Mas eu quero hoje, não depois. Num instante.

Eu quero que o medo se escafeda e se transforme no frio na barriga. Eu quero realizar meus sonhos. Ou pelo menos tentar. Eu quero rir e chorar.

Minha vida é perfeita, não tenho nenhuma reclamação. Meu marido me ama e eu o amo de volta. Não preciso de mais nada pra ser feliz. Só preciso reclamar da tpm que cria essa insatisfação. Sem razão.

Além disso, proficionalmente é cedo e eu sei que vai dar certo. Eu só quero mais perto.


E aí eu recebo a notícia. Teve um concurso recentemente, e eu até prestei. Todo mundo tava falando que um tal de Fernando passava, que ele era muito bom mesmo. Ele passou em primeiro lugar. Tinha uns 30 anos e era casado. Teve um aneurisma (acho q da aorta torácica) e faleceu hoje. E os planos? E o futuro?

26.3.08

a tristeza

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

Ontem eu liguei pra confirmar que dia meu curso ia começar. Não vai.

Não...

vai.

Não há inscritos suficientes e eles vão devolver a taxa de inscrição que eu paguei.

...

Pronto, agora eu preciso de um neném.

20.3.08

pergaminhos

No ano passado eu fiz uma lista de todos os pergaminhos que eu ia precisar para um certo serviço que eu acreditava ser de certa forma urgente. Falei com a mocinha dos pergaminhos e entreguei a lista para ela. Veja bem, os pergaminhos não ficam com ela, ela precisa pedir para os Guardadores de Pergaminhos. Desde então, eu falei pra mocinha dos pergaminhos pedir outros vários pergaminhos, mas os Guardadores nunca mandam. E eu estou começando a achar que é pessoal. Sempre tenho a impressão que os meus pergaminhos nunca chegam.

Bom, todo esse tempo eu fiquei impossibilitada de fazer o tal serviço que eu considerava urgente. Ninguém tinha me pedido para fazê-lo, mas eu sempre achei que era algo de extrema importância. Só que os tais pergaminhos nunca chegavam. E a mocinha já tinha repedido várias vezes.

Então, o fato de o serviço supostamente urgente não ter sido feito começou a gerar complicações. E, antes de ontem, eu fui obrigada a ir conversar com o Dom Corleone, porque ninguém parecia se importar com o tal serviço, a não ser eu. Quando o Dom Corleone ouviu os problemas todos, ele teve um chilique (o que não é muito raro...) e ligou para um outro Dom, tão importante quanto ele. Juntos, eles resolveriam o serviço sem precisar dos pergaminhos.

Várias intruções me foram passadas sobre o que deveria ser feito para pular algumas etapas e resolver de uma vez por todas o serviço que de fato era urgente. Com tudo já praticamente pronto, estou apenas esperando novas intruções de Dom Corleone.

Aí, chego hoje de manhã no trabalho e olho na minha mesa. Dois velhos pergaminhos foram colocados sobre ela. Como já pedi tantos, catei meu caderninho onde anoto uma relação dos pergaminhos pedidos com a explicação de para que cada um me servirá. Pois bem, adivinhem. Depois de 4 meses (ou mais), e depois que já está tudo resolvido, chegaram dois dos pergaminhos que eu pedi por causa do serviço urgente.

17.3.08

conceito de segurança

O que é sentir-se seguro, né.

Outro dia fui com a Maluquinha na casa de um cara. Uma casinha assim, bem simpática. Com uma grade de ferro de 1922 não muito alta, com aquelas janelas beeeem grandes, e toda de tijolinho à vista. Aí a gente entrou e, numa vibe The Evil Dead, estando todas as janelas abertas, o homem trancou a porta e disse:

- A gente tem que tomar essas medidas de segurança...

14.3.08

sims!

Depois de muito tempo sem jogar, voltei ao The Sims, porque eu finalmente consegui "O Bicho Vai Pegar"! Faz tempo que eu tava querendo conhecer essa expansão e ainda não tinha conseguido baixar. Mas agora consegui!!!!

E, pela primeira vez, eu estou roubando. Fiz um casal rico, só pra poder usar logo tudo o que o jogo tem de legal. E comprei uma cachorrinha, Nina, claro. E sabe, estou começando a preferir a do jogo...

Mentira.

Mas é muito simpático! E aparece uma cachorrada e uma gataiada no quintal, acho que dos vizinhos, sei lá. Você pode agradar eles, até cumprimentar (se fizer isso, eles abusam e entram na sua casa), ou pode simplesmente tocar pra fora. Aí, a mulherzinha agrada eles, mas o hominho expulsa tudo - porque cada um dos dois tem a sua personalidade, né! E o casalzinho está ensinando a Nina digital a fazer truques, a obedecer e a fazer xixi no quintal. Talvez por causa do nome, a Nina digital está aprendendo rápido a fazer xixi no quintal, mas não é lá muito obediente e se eles se metem a ensinar muito truque, ela morde os pés deles.

Fanlando nisso, a Nina deu uma recaída. Não sei se é mau-humor por causa do regime que ela está fazendo (porque ela está uma baleia), ou se é TPM (porque está pra entrar no cio). Mas ela anda muito rosnenta, um saco. E dá-lhe água da na cara. Um dia ela vai ter que parar com isso, senão eu enlouqueço.



Enquanto isso, no msn...

(negritos meus)

F: ele é uma graça mesmo
T: q q ele falou/fez?
(...)
F: é o jeitinho dele....
F: o sorriso... aquele jeitinho caipira....

12.3.08

o tempo

Juro. Ontem acordei achando que era sábado. E era terça. Pra você ver como eu já estava cansada na segunda... Estou podraça e nem tem muito motivo. Coisa mais louca isso. Aí que eu resolvi me inscrever em um curso a 4hs daqui, um curso sobre a conservação e o restauro dos Barcos a Vela, aos sábados das 8:30 às 18:00. Estou empolgadíssima, mas se já estou podraça agora, imagina quando o curso começar.

7.3.08

primo 3

Sabe quando você olha para uma pessoa e você não consegue não acreditar que com ela vai acabar tudo bem? Com o Primo 3 é assim. Eu me preocupo com ele, mas é uma coisa mais light. Porque eu simplesmente acredito, com o fundo da minha alma, que vai dar tudo certo pra ele.

E sempre foi assim, desde pequenos. Ele era muito sapeca, sabe. E vivia com o Primo 2. Os dois adoravam provocar tanto eu quanto o meu irmão. Até mais o meu irmão, porque ele não sabia muito se defender deles. Ele também sempre foi meio carrancudo, sério e fechado. Todo mundo comentava isso. Que nas fotos ele nunca saia sorrindo. Mas ele era alegre, só sabia disfarçar bem. rs.

Só que mesmo sendo muito sapeca, ele sempre teve muito cuidado com seus brinquedos. E na escola, ele era um ótimo aluno. Assim, ótimo mesmo. Quando ele tava no colegial eu tinha certeza que ele passava no vestibular direto. Ele não passou, mas só porque na época a minha tia já não estava tão bem de saúde. E foi quando a rebeldia dele começou. Mesmo assim, ele acabou passando, acho que no segundo ano de cursinho, em Medicina na PUC-Campinas*.

E agora, mesmo com tudo o que aconteceu, eu simplesmente continuo olhando para ele e acreditando que todas essas bobagens que ele estava/está fazendo (o triste é eu continuar sem saber de nada) têm prazo de validade. Que ele vai amadurecer, e sair dessa, e se formar, e casar, e ter filhos... E um dia vai acontecer exatamente como ele disse, quando eu tinha uns 17 anos e ele uns 15:

- Sabe, Tha, quando a gente se casar, a gente não pode perder contato. Porque eu quero que os nossos filhos vejam como todos nós sempre fomos amigos assim.**



* Só para esclarecer, não estou falando de inteligência (que ele tem mesmo de sobra - assim como os outros primos), estou falando de sentar a bunda e estudar. Ele sempre teve esse talento.

** O duro é sentir que, por causa desses problemas todos, eu não estou cumprindo o "pacto". Porque eu já casei, e tenho tido tão pouco contato com eles ultimamente. Mas é que além de eu ter me afastado um pouco por causa da rebeldia deles, agora eu não me sinto mais tão à vontade na casa do meu Tio, não agora que tem mais gente que mora lá...


Hoje eu vou lá pro Sítio, e o Primo 4 comentou que quer ir junto. Ele ainda não confirmou, mas existe a chance de ele e a Priminha irem comigo pra lá. Eu estou tão torcendo pra eles irem. E eu bem queria que o Primo 3 resolvesse ir também. Façam figa aí, tá.

6.3.08

a felicidade

Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim


Adotando a idéia de botar música/poesia no blog, hoje eu precisava colocar essa aqui.

Eu acho incrível como um dia você está miserável e no outro você está dando pulinhos de alegria. Tipo, passei a semana passada querendo que todos os seres vivos da terra sufocassem com um gás venenoso e instantaneamente letal - que eu iria inventar. Essa semana tinha até começado melhor, mas aí veio a notícia que estão acabando os barcos a vela que precisam ser avaliados (e essa era a minha parte do dia preferida...). Sem falar naquele lance do conselho, aquele que eu sou muito banana para participar.

Mas hoje eu já cheguei no trabalho com uma notícia muito boa! E, apesar de saber que essa felicidade vai durar pouco (pois é assim que a vida é), estou feliz. Plenamente feliz. Com medo, mas feliz. Na verdade, eu tô quase com diarréia de tanto medo, mas tô feliz. Porque eu falei com o Dom Corleone e ele me indicou pra ser membro do Conselho de Barcos a Vela!!!! Agora eu vou ter que me virar e aprender a ser casca-grossa!!!! HAHAHAHAHAHAHAHA!!!

Inclusive, estou aceitando dicas de como ser casca-grossa. Por favor, lotem meus comentários e ajudem uma banana.