12.12.10

crianças fofas

Talvez algumas já sejam famosas e conhecidas, mas é sempre gostoso revê-las: as criancinhas mais fofas do youtube.

Hahahahahahaha


Hahahahahahaha x 4


Muito precavida


Whatever...


Isabela não quer que feche a porta. Pode ser? Tá? Quilo?


Fofinho e entaladinho


Iiiiiihhhhnnnn... Papaizinho, cadê?

9.12.10

filho bastardo do clô

Ok. Só se fosse por mitose. Mas pode ser tb o primo pobre. Vai saber.




Quê isso... Agora que tá goxtoso...


Só eu fiquei com dó do cachorrinho?

7.12.10

barquinho?

Ambientação:

Sábado. Churrasco sem geladeira.
No chão há uma caixa com bebidas e carnes submersas na água que horas antes havia sido gelo.


Cena:

Molequinho brincando com o celular do papai.

"Cansei de brincá... Onde eu posso guardar isso?" - pensa ele.

Caminha inocentemente até a caixa.

"Acho que aqui tá bom."

Com muito cuidado, estica o bracinho e vai depositando o celular na caixa.
No mesmo instante o objeto afunda.

- Nããããããoooooo... - desespera-se o papai, enfiando a mão na água gelada e retirando o celular encharcado de dentro da caixa.

- Xiiiiiii... - diz o menininho com as mãozinhas espalmadas para cima.

6.12.10

compartilhando

Descobri uma banda nova: "The Sheepdogs". É boa demais!! Vi o clipe deles num programa da Rede Minas (uai, sô) e achei o máximo, aí baixei o último album deles (só lançaram 2, mas o primeiro eu não achei pra baixar) e paixonei!!!!!

É um rock setentista. CoisalindadeDeus.

Ó o clipe:



 Tem também uma outra banda que eu conheci recentemente e tenho ouvido bastante: "Florence + The Machine". É muito boa também!

Aqui está o clipe que concorreu ao VMA na categoria rock:

4.12.10

comédia pastelão

Na sexta passada, já em casa depois do tombo, eu estava deitada no sofá e queria ir pra cama dormir. Maridón, todo solícito, resolveu me levar no colo. Romantico, né?! Mais ou menos... Talvez menos...

Quer dizer, não teve nada de rômantico mesmo. Ele foi me carregando pelo corredor, na maior dificuldade. Eu pedindo para ele tomar cuidado com meu pé torcido e ele bate meu cotovelo na parede. Ops! Me virou pro outro lado e quase bateu minha cabeça. Ops! Me puxou para o outro lado e tentou ir rápido para a porta do quarto (pra se livrar do corredor apertado). E pá! Ele conseguiu acertar meu pé esquerdo, o que mais doía, na porta do quarto.

É. Assim, bem Chaves mesmo!
O bom é que foi tão engraçado que eu nem consegui me concentrar direito na dor.

Ok. Contando não tem tanta graça, mas se você tivesse visto ia rachar de rir.
Acredite.

...

Aí, no dia seguinte fui no hospital ortopédico. Cheguei mancando, toda ralada. E o recepcionista pergunta:

- O que aconteceu?

- Eu caí.

- De moto?!

Pra você ver a minha situação. Tive que responder "não, do salto". Humilhante... Hehe.

Então, chegou o cara que ia tirar o raio-x. Ele precisava saber o que exatamente devia ser radiografado:

- O que aconteceu?

- Torci o pé esquerdo e o dedão direito.

- Os dois pés?! Assim não é pra andar mesmo, hein! hahaha

É, ele riu na minha cara. Mas tudo bem, eu tava de bom humor e ri tamém. Além disso, o cara era bem simpático.

Por fim, chegou o médico, também todo trabalhado na simpatia:

- O que aconteceu?

- Fui correr atrás do meu filho porque ele estava indo em direção à piscina, meu salto encravou na grama e caí na borda de pedra.

- Mas foi tragédia ou comédia pastelão?

Eu não tinha pensado por esse ângulo. Fui obrigada a responder: "comédia pastelão".

- E o menino? Caiu na água? - perguntou ele.

- Não, alguém o pegou quando eu gritei "meu filhoooo!"...

- Então foi comédia pastelão mesmo! hahahaha

3.12.10

entei

Sexta-feira passada.
Jantar de fim de ano dos professores. 
Chance de sair, me arrumar... 
Não dá pra perder, né.

Coloquei um vestido bonitinho e elegante, um saltão daqueles, fiz maquiagem, pintei as unhas de vermelho. Tudo o que uma mocinha (cof) tem direito. Deixei o Zezinho ainda mais lheendo do que ja é - porque fazer inveja com filho é uma delícia. Tudo pronto e fomos pro jantar.

Aconteceu num clube daqui, muito gostoso. Foi no salão de festas. Próximo dali estava acontecendo um happy-hour à beira da piscina, mas a gente não tinha nada a ver com aquilo. No salão encontrei outras esposas, começamos a conversar - enquanto isso o marido foi cuidar do Zezinho. A gente sempre revesa, mas dessa vez eu emendei uma conversaiada e acabei adiando a minha vez para depois de comer. Jantei. Já tinha se passado bem mais de uma hora. Fui acudir o marido, coitado, pra ele aproveitar a festa.

Tiraram o maior sarro de mim, porque o Zezinho já tava no maior sono numa hora daquelas. Coloquei o menininho no carrinho, dei a mamadeira e achei que ele ia dormir. Só que depois de alimentado, ele recobrou as energias e resolveu passear de novo. Eu deixei, porque nem é sempre que ele vê crianças - mas eu sei que se eu tivesse insistido, ele dormiria.

Então comecei a seguir o rapazinho, que corria para todo lado. Ele ouviu crianças do lado de fora e foi até lá. Fui atrás. Ele decidiu zanzar na grama e eu atrás. Mas o salto não estava ajudando (salto e grama não combinam) e eu recuei até um local com piso e fiquei observando. 

Chegou um molequinho e começou a puxar conversa comigo.

- Qual seu nome? - pausa. - Onde você mora? - muito fofo o menino curioso.

E eu observando.

De repente, o Zezinho começa a correr em direção à piscina. Eu deixei o pobre menininho falando sozinho e saí correndo atrás do meu. Eu alcançaria com facilidade. Mas o salto. Ia encravando, me segurando, me atrasando. E eu me desesperei porque o Zezinho já estava quase chegando na piscina. Foi quando os dois saltos encravaram na grama de uma vez e eu caí feito uma jaca no piso de pedra ao redor da piscina.

Ouvi umas pessoas exclamando e levantei a cabeça, meio zonza. Vi meu bebê (nessas horas eles são nossos bebês) na borda da piscina e três pessoas correndo na minha direção. Ninguém deu bola para o menininho que estava prestes a mergulhar. E eu espatifada, só consegui gritar:

- Meu filhooooooo!!!!!!!!!!

Aí, um homem que estava vindo me acudir, compreendeu minha aflição e deu meia volta - agarrando o pequeno no último segundo. No susto, o Zezinho começou a chorar. Também foi nesse momento que eu vi o corte na minha mão (pequenininho, mas bem feio) e senti a dor no meu dedão do pé direito. Já de pé, catei o menino no colo e comecei a ir na direção do salão. As mulheres à minha volta (meros borrões) eram do happy-hour e não sabiam quem era o marido. Uma delas foi correndo chamá-lo e as outras conseguiram me convencer a entregar o Zezinho e me conduziram a uma cadeira que tinha ali perto.

Eu perguntei pelo Zezinho umas 15 vezes. Estava bem, brincando com uma moça. Aí, o marido chegou e eu mandei ele buscar o Zezinho. Não lembro se ele foi. Porque nessa hora minha vista já estava turva há algum tempo e eu não estava conseguindo raciocinar direito. Eu falava meio arrastado, comecei a dizer que não estava passando bem. Ouvi uma das mulheres perguntando pro maridón o que eu tinha bebido. Ele disse que nada. Então, ela falou no meu ouvido:
- Pode confiar em mim... O que você bebeu?

- Nada. Eu juro. - ou seja, bêbada feelings.

Não sei se ela acreditou (era uma moça meio doida, pra falar a verdade - acho que ela é que estava bêbada). De repente, entendi. A minha pressão tinha caído!!! Comecei a pedir água, avisei que era pressão baixa. Coloquei a cabeça no meio das pernas, bebi água e a visão começou a voltar. Meu cérebro começou a funcionar de novo!

Já tinham chamado uma ambulância, mas eu só queria ir pra casa. E pra convencer esse pessoal de que eu já estava bem? Já tinham limpado meus ferimentos (dois joelhos ralado e um corte na base da mão direita), a pressão já tinha voltado ao normal. Eu queria colocar o Zezinho no berço e descansar. Por fim, consegui convencê-los.

Só quando comecei a ir pro carro que eu senti alguma dor no tornozelo esquerdo. E, quando cheguei em casa, percebi que ele doía tanto que eu não conseguia andar. Fui no dia seguinte num pronto atendimento ortopédico e descobri que meu pé que doía mais estava só torcido, mas meu dedão do pé direito tinha uma fraturinha (bem pequena).

Saldo final: o pé direito enfaixado por três fucking semanas e a impossibilidade de dirigir durante esse período.

Mas Entei já me abraçou.

Amanhã conto mais.



Entei é um Pokémon. Quando ele aparece, é porque "tá tudo bem agora". Leiam mais explicações aqui (vale a pena).

15.10.10

apertador de botões

Chegando da casa da vovó e do vovô, depois de muita sapequice com as priminhas mais lindas e fofas, o Zezinho foi colocado no chão para que a mamãe pudesse ajudar o papai com as malas. Durante um minuto, a mamãe se afastou para fechar a porta do prédio. No momento seguinte:

- Ué, cadê o Zezinho?!

O hall estava vazio. As portas estavam todas fechadas. Só havia um lugar onde ele poderia ter entrado. Papai riu, pois rapidamente já percebeu o que tinha acontecido. A mamãe apertou o botão do elevador e as portas se abriram imediatamente, revelando lá dentro um garotinho miudinho com um largo sorriso matreiro no rosto.

28.8.10

desenvolvimento, parte 2

1 ano e 2 semanas:
12 de Maio
- festinha de aniversário!

15 de Maio
- adora dar tchau, mandar beijo, fazer bilu-bilu, bater palmas;

1 ano e 1 mês:
01 de Junho
- fala só o básico como papai, mamãe e pé (mas adora falar em sua própria língua);
- entende bem o que a gente fala;
- mostra o pé, mostra a barriga, mostra o nariz da minha mãe;
- mais peraltices: gosta de ligar e desligar a tv, apesar de já saber que não pode;
- anda dando a mão para mim ou segurando apenas com uma mão no sofá;

07 de Junho
- bate na boca imitando índio;
- se eu pergunto como faz o auau, ele responde (com um som muito estranho, mas ele tenta imitar um latido);
-já tentou falar vovó umas 2 vezes;
- faz que não com a cabeça quando não quer algo.

1 ano e 2 meses:
28 de Junho
- começou a tentar comer sozinho (eu ajudo);
- mostra a orelha e o próprio nariz;
- já entendeu que o controle remoto muda o canal da tv, então aperta os botões do controle mirando na tv.

10 de Julho
- quando a tia dele estava mostrando para ele o desenho de uma arara ele falou "arara";
- dança quando ouve alguma música que gosta;
- imita algumas coisas que a gente faz (como digitar no teclado e mexer no mouse, ou rosquear a tampa do copinho dele);
- teve seu primeiro contato com areia (que vergonha mamãe! virou nenê de apartamento, tadinho...)

15 de Julho
- balança a cabeça em negativa quando oferecemos algo que ele não quer (tive que ensinar isso porque ele começou a cuspir a comida quando já não queria mais).

20 de Julho
- presta mais atenção em desenhos animados mais cutinhos;

1 ano e 3 meses:
28 de Julho
- deu seus dois primeiros passos!
- já sabe que auau e cachorro são a mesma coisa (e seus "latidos" estão bem bonitinhos já);
- quando eu peço para ele fazer como o gato, ele faz "miau";
- sabe o que é meia (de colocar no pé) e tenta colocar a meia e o sapato no próprio pé sozinho;
- falou "sim" algumas vezes (com o som parecido com "hiiiiiim");
- apoia-se em um brinquedo que tem rodinhas (chama-se andador musical, mas não chega a ser um andador) e anda pela casa todo metido, tem horas que chega a correr (gritando).

31 de Julho
- reconhece papai, mamãe, nenê e Nina nas fotos: quando o papai pergunta "cadê a mamãe", ele aponta alguma foto minha dos porta-retratos e faz o mesmo quando perguntamos "cadê o papai", "cadê o nenê" e "cadê a Nina".

08 de Agosto
- falou "tia", olhando bem na tia dele;
- viu as priminhas andando e agora está mais empenhado em andar sozinho.

10 de Agosto
- falou "bom dia" várias vezes (o som sai mais como "bdiá" ou apenas "diá").

14 de Agosto
- começou a andar mesmo: anda "longas" distâncias sem se apoiar em nada e não precisa ser instigado a andar, pois toma a iniciativa sozinho.

21 de Agosto
- aprendeu a usar o "sim" corretamente: o papai, ao ver que ele já não queria mais comer a frutinha, perguntou "quer mais mamão?" e ele balançou a cabeça negativamente, aí o papai perguntou "quer água?" e ele respondeu "hííííííím".
- sabe que o nenê nas fotos dos porta-retratos é ele mesmo: papai perguntou "cadê o Zezinho?" e ele apontou certinho para as fotos.

25 de Agosto
- colocou-se em pé sozinho, sem se apoiar em nada, pela primeira vez.

24.8.10

poltrona e zoo

Outro dia eu estava no computador e ouvi o marido me chamar. Ele estava na porta do quarto do Zezinho, rindo. O Zezinho estava sentadinho na poltrona que tem em seu quarto, onde subiu sozinho, e estava segurando o relógio digital que fica na mesinha que tem do lado da poltrona. Ele estava encostado no encosto da poltrona, todo concentrado apertando os botões do relógio. Aí, olhou pra nós e deu uma risadinha; então, voltou a apertar os botões, como se estivesse fazendo algo muito importante.

Alguns dias depois, no último domingo, eu vi o Zezinho andando até o quarto dele e fiquei observando de longe. Ele foi direto até a poltrona, subiu nela, pegou o relógio e se encostou, como da outra vez. Nesse momento, ele olhou para mim e sorriu. Em seguida, começou a impulsionar a poltrona com o corpo, fazendo com que esta balançasse, e ficou rindo.

Talvez, descrevendo assim, não tenha muita graça, mas ele sentadinho alí é a coisa mais bonitinha do mundo. E ele faz cara de orgulhoso quando balança, como se fosse uma conquista, depois pára e volta a fazer cara de concentrado e mexe no relógio. É muito bonitinho.


Também no domingo, levamos ele no zoológico. Dessa vez, conseguimos fazer com que ele ficasse acordado durante o passeio quase inteiro. Ele adorou, queria ir andando sozinho, mas o chão é muito irregular, então ele tinha que se contentar em seguir de mão dada (uma só, duas mãos ele não queria). Ele deu bom dia repetidamente para todos os bichos ("bdiá" ou "diá" ou "iá") e ficou encantado com as crianças que vinham até ele. Ele estava tão feliz, que no final do passeio, morrendo de sono como estava, acabou dormindo com um sorrisinho no rosto.

12.8.10

desenvolvimento, parte 1

1 mês:
30 de Maio
- já reconhece a minha voz;
- presta atenção aos sons e pisca forte com barulhos mais altos;
- consegue firmar bem o pescocinho

1 mês e meio:
10 a 15 de Junho
- olha para o rosto das pessoas que estão perto dele;
- segue com os olhos pessoas e objetos que estão perto dele.

2 meses:
28 de Junho
- começou a sorrir ao receber beijos.

2 meses e 1 semana:
05 a 07 de Julho
- consegue levantar a cabeça e os ombros quando colocado de bruços.

3 meses e 1 semana:
05 a 07 de Agosto
- faz barulhinhos e balbucios como "aaaa", "ggggg", "bbbb";
- procura a origem de alguns barulhos, virando a cabecinha.

Quase 4 meses:
24 de Agosto
- primeira risada com som. Falávamos "Será que o Zezinho pega fogo?" e ele gargalhava!

4 meses:
28 de Agosto
- brinca com as mãos e as leva à boca.

4 meses e 1 semana:
07 de Setembro
- com muita dificuldade, ao ser colocado de bruços, consegue se virar de barriga para cima.

4 meses e meio:
13 a 15 de Setembro
- consegue segurar o coelhinho Titi e o leva á boca;
- o papai deita e coloca ele sentado na barriga e ele fica com a cabeça baixa tentando pegar o próprio pé, recentemente começou a levantar a cabecinha para olhar para a cara do papai;
- no trocador ele pega a fralda e fica olhando os desenhos (Mônica e Cebolinha) e às vezes tenta colocar na boca.

4 meses e 3 semanas:
20 de Setembro
- já consegue ficar sentado no meu colo apenas apoiado com as costas na minha barriga (não perciso ficar segurando muito);
- segura o mordedor Pé e o leva à boca.

5 meses:
28 de Setembro:
- sentado no meu colo assistindo desenhos no youtube, olhou para cima hoje pela primeira vez e sorriu para mim;
- já conseguiu segurar a bola Bem Bolada umas duas vezes (por pouco tempo);
- senta-se na cama de frente para mim apoando-se com suas mãozinhas nos meus dedos e consegue se manter assim por um bom tempo;
- deitado na cama sobre um travesseiro, consegue agarrar meus dedos e se levantar sozinho até ficar sentado.

01 de Outubro
- primeira vez que consegui segurar ele no colo virado de frente para mim, sentado em apenas um braço meu;
- primeira vez que conseguiu ficar um pequeno tempo sentado no meu colo sem nenhum apoio;
- pela primeira vez começou a colocar a língua para fora para tentar fazer barulhos com ela (tentado imitar a gente);
- consegue virar-se sozinho com mais facilidade e rola de um lado para o outro na cama.

5 meses e 1 semana:
05 de Outubro
- começou a tentar se sentar mais ereto no carrinho, fazendo força para levantar mais o corpinho (mas não consegue ainda);
- conseguiu puxar o móbile de carrinho Fazendinha pela primeira vez;
- se sentou na banheira pela primeira vez.

5 meses e meio:
09 de Outubro
- sentado na cama, de frente para mim, pela primeira vez conseguiu ficar se equilibrando sentado apoiando-se com apenas uma mãozinha agarrada em meus dedos;
- aprendeu a agarrar a cordinha do Sr. veneza.

13 de Outubro
- pegou o ursinho no berço sozinho e ficou brincando quietinho.

5 meses e 3 semanas:
20 de Outubro
- passa objetos de uma mão para a outra.

6 meses:
28 de Outubro
- começou a tomar suquinho de manhã.

6 meses e 1 semana:
07 de Novembro
- começou a comer fruta de tarde (a primeira foi pêra).

6 meses e meio:
10 de Novembro
- estava deitado no carrinho e sentou-se sozinho pela primeira vez.

14 e 15 de Novembro
- comeu a primeira papinha salgada (fubá);
- aprendeu a chacoalhar seus chocalhos.

6 meses e 3 semanas:
20 de Novembro
- consegue ficar sentado sem apoio nenhum.

7 meses e 1 semana:
07 de Dezembro
- começou a falar "ma".

7 meses e meio:
12 de Dezembro
- falou "mama" pela primeira vez.

7 meses e 3 semanas:
19 de Dezembro
- fala "papa" e começou a falar "nene".

8 meses e meio:
10 a 15 de Janeiro
- consegue ficar de pé apoiando no sofá;
- já surgiram seu dois primeiros dentinhos (inferiores frontais).

9 meses:
31 de Janeiro
- primeira mamadeira (60ml em meio a muuuuito choro), foi preciso que o papai andasse pela casa com ele no colo para acalmá-lo e que eu chacoalhasse seus brinquedos efusivamente enquanto ele mamava;
- começou a se arrastar pelo chão;

9 meses e meio:
14 de Fevereiro
- parei de amamentar no peito por completo;
- deu trabalho com a mamadeira apenas na primeira semana, agora já está bem melhor e mamando cerca de 100ml.

9 meses e 3 semanas:
17 de Fevereiro
- começou a ficar de quatro.

9 meses e 3 semanas:
22 de Fevereiro
- deus suas primeiras engatinhadas;
- fez sua primeira peraltice ao arrancar a tecla K do meu notebook.

10 meses e 1 semana:
8 de Março
- deu seu primeiro 'tchau' com a mãozinha.

10 meses e meio:
14 de Março
- começou a passar a mão na boca para fazer barulho (bilu-bilu).

10 meses e 3 semanas:
19 a 22 de Março
- aprendeu a mandar beijo (estalando a boca);
- se levanta sozinho se apoiando no sofá.

11 meses:
27 de Março
- anda apoiado no sofá;
- pela primeira vez começou a engatinha pra valer (com destreza).

30 e 31 de Março
- apareceu o terceiro dentinho (superior frontal direito);
- pela primeira vez se levantou no quadrado sozinho;
- já sabe fazer birra (mas não faz muita);
- gosta de colocar o dedo na nossa boca e nos nossos dentes para analisá-los.

11 meses e 1 semana:
04 a 07 de Abril
- me ajuda a colocar a roupinha nele (esticando os bracinhos);
- toma água segurando o copinho, tirando e pondo na boca sozinho.

11 meses e meio:
12 e 13 de Abril
- bateu palminha pela primeira vez (o papai estava cantando 'parabéns pra você" e ele imitou as palminhas);
- colocou o dedo na boca do boneco Ênio (como se analisando ou procurando seus dentes, como faz conosco);
- mamou segurando a mamadeira sozinho pela primeira vez.

10.8.10

dia dos pais

Domingo foi dia dos pais, mas eu não encontrei o meu pai. Só falei meio rapidinho por telefone.

Meu pai é algo. É o cara mais romântico e carinhoso do mundo. Do tipo que provoca aquelas reações nos filhos: "Ai, me poupem vocês dois com essa melação..." Ele é um verdadeiro mel. Adora ganhar beijinhos. Acho que uma parte disso é insegurança. Aliás, ele é muito inseguro, apesar de fazer tipo de machão e cheio de si. Metiiiiido. Ele quer provar para todos que ele é o máximo, então vive exaltando suas qualidades. Só ele não sabe que todo mundo conhece as qualidades dele. Ele tem um montão.

Eu e meu irmão puxamos o gênio forte dele. Aí, já viu. Batíamos de frente o tempo todo. Nunca fui muito de ouvir bronca calada, nem meu irmão. E chegou uma época em que meu pai cismou que eu tinha alguma coisa contra ele. Ele achava que eu o contrariava sem motivos. Chegou a dizer uma vez que eu não o amava de verdade, que eu não gostava dele e negava tudo o que ele me dizia. Mas isso foi naquela fase complicada de adolescência em que os filhos são meio assim mesmo e, por eu ser a filha mais velha, ele não estava preparado para esse tipo de choque. Achou que era algo pessoal, mas nem era.

Não sei se ele já entendeu isso. Às vezes acho que ele ainda acredita um pouco nessas coisas, que eu não confio nos conselhos dele e não dou ouvidos ao que ele me diz. Pior que é mais ou menos o contrário absoluto. Chega a ser um pouco patológico. Outro dia fui colocar molduras nos quadros aqui em casa e quando ficaram prontos e entregaram no meu apartamento estava tudo um horror. Aí eu comentei com meu marido:

- Nossa, fico imaginando o que o meu pai ia falar se ele visse essas molduras horríveis!

Meu marido disse que ele sabia que eu ia dizer isso. Como seu eu estivesse mais preocupada com meu pai do que com as molduras. Na hora fiquei chocada com a audácia, mas acho que em parte ele tem razão. Eu dou tanto valor para a opinião do meu pai, que se acho que ele não vai gostar de algo, perco até o sono. Eu odeio quando a gente discorda de algo. Porque eu realmente acho que ele geralmente está certo. E quando eu estou certa, fica aquela sensação de que o mundo está invertido.

Fora isso, eu tenho várias opiniões que foram "herdadas" do meu pai. Às vezes até dá um pouco de vergonha, como se eu não tivesse opinião própria. Porque fico com a sensação de que eu sou uma menininha "meu pai falou isso, meu pai falou aquilo, isso é assim porque meu pai disse...". Claro que eu não sou assim, eu filtro o que ele diz e não concordo com absolutamente TUDO, mas tem tanta coisa que eu penso e que eu sei que meu pai pensa igual, que chega até a me dar uma falta de identidade momentânea! Tipo, eu odeio o Silvio Santos. Meu pai odeia o Silvio Santos. Eu sei porque eu odeio o Silvio Santos, mas fica a sensação de que eu só odeio porque meu pai odeia - o que não é verdade, apesar de ele ter construído a base para o meu desprezo.

Tem uma outra coisa que eu acho que ele não sabe. Todas as vezes em que ele sentou e me explicou os motivos de eu não poder fazer isso ou aquilo, eu guardo a explicação até hoje, como um lema de vida. Tipo as drogas. Ele me explicou o que eram drogas e tudo o que havia de ruim nelas quando eu ainda era meio criança. Ele não chegou e falou que era ruim e que eu não podia e só, ele explicou TUDO. E eu entendi, nunca esqueci, nunca desobedeci. Mas o que eu queria dizer mesmo fica mais evidente em outro caso. Ele também me proibiu de assistir novelas quando eu era mais criança. Claro que eu desobedeci todas as vezes que eu tive a chance. Mas ele também me explicou todos os motivos que faziam com que ele não gostasse das novelas. E aí, mesmo eu desobedecendo e assistindo alguns capítulos, eu sempre me lembrava das coisas que ele tinha me explicado e, no fim, eu tinha olhar crítico sobre o que eu assistia. O que eu quero dizer é que ele não faz idéia de que ele sempre foi tão bom em explicar como eram as coisas, ao ponto em que a proibição nem sempre era necessária.

A verdade é que meu pai é um cara muito sabido e ainda é um baita professor. Não me adimira que ele seja tão bem quisto pelos seus alunos de residência. Porque ele é um paizão pra mim e para todo mundo que o conhece. É do tipo que quando bota fé em alguém, abraça a causa e faz de tudo para ajudar a pessoa a ter sucesso total. Ele é bem altruísta nesse sentido. Ele se doa. O que é lindo de morrer, né.

Em toda a minha vida e na do meu irmão, meu pai acertou, como pai, praticamente sempre. E nas poucas vezes em que ele errou, foi por querer acertar demais - e com um motivo desses, não dá pra não relevar. Aí que a gente acaba arredondando para 100% de acerto. Baita paizão esse.

19.3.10

gira mundo

Como de costume, segue abaixo e-mail (com algumas alterações e omissões) contando coisitas. 90% dos meus leitores já receberam esse e-mail, se você for um deles, recomendo pular essa parte. Hehe.


10/02/10

Olá, meninas!

Venho com notícias. Relativamente boas, mas tristes demais. Vou me mudar daqui. Pior, vou para MG, que não é exatamente perto. Algumas de vcs já sabem que o Marido havia prestado um concurso para professor da Federal de lá. E passou. (...)


No fim, pensando muito friamente nisso, eu e o Marido chegamos à conclusão de que, profissionalmente, essa mudança vai ser melhor tanto para ele, qto pra mim. E, por esse lado, estou até bem empolgadinha com a mudança. Sem contar q o Zezinho vai ter sotaque mineiro, gente! Imagina q delícia de menino!

MAS...

Vou ter que deixar minha casa recém reformada para trás, meu escritório recém aberto também. Hj fui lá no escritório pegar umas coisas e deu uma dó, pq ele tá tão legal e vai ter q ser desmontado. E aqui em casa eu olho pra todo canto já com saudade, pq ficou tão do jeito que a gente queria... Vou ficar sem a parede listrada do quarto do Zezinho, sem o meu banheiro-lindo-de-morrer, sem minha faixinha fofa da parede da cozinha, sem a sala de tv confortabilíssima, sem o taco q tá parecendo novo em folha, sem a minha cozinha/quintal/salão. Mas a vida é assim, o mundo gira e, se Deus quiser, um dia ainda vou fazer uma casa mais linda e gostosa do que essa.

E aí eu penso que, se morando aqui já quase nunca vejo vcs, imagina quando eu for para MG... Se bem que, se bobear a gente começa a se ver mais depois q eu mudar, rsrs. Ai, eu torço pra isso.

Ainda nem falei com o Marido sobre isso, mas tô querendo bolar alguma coisa pra fazer aqui em casa, de despedida. Até pq tem gente que nunca nem viu meu filhotinho ainda, né. Sei lá, um churrasco, ou uma pizzada, ou um jantar...

Ainda não sei quando vamos embora, mas imagino que seja algo em torno de daqui a um mês. Como vão estar os fds de vcs de agora em diante? Sem contar o carnaval, pq, né.

Um beijão a todas,
Tha...


Hoje

Fizemos as despedidas. Só não consegui ver duas pessoas, mas uma hora dá certo. Foi basicamente uma semana com despedidas diárias, pois não conseguimos marcar com todos os nossos amigos de uma só vez. Foi ótimo, acabamos revendo amigos que não víamos a muito tempo e conheci a bebezinha de uma amigona minha. Por sinal, a fofinha nasceu 2 dias depois do Zezinho.

A mudança começou segunda-feira passada, quando foram na nova casa velha encaixotar tudo e colocar no caminhão. Viemos pra MG no mesmo dia e dormimos em um hotel. Fiquei com o pequerrucho no hotel a terça-feira toda, enquanto o marido recebia as coisas no apartamento. O resto da semana foi pauleira. Tentamos arrumar o máximo possível até a sexta-feira e até que deu certo.

Meus pais vieram passar o fim de semana conosco e conhecemos um pouquinho da cidade. A cidade é grande e espalhada, parece tranquila e gostosa. Almoçamos em 2 restaurantes fantásticos! Tem um shopping bem grande e que ainda vai ser ampliado, e tem um parque bem gostoso, não muito longe de casa.

Obviamente ainda não terminamos de desencaixotar tudo, mas falta pouco. O que falta é porque estamos esperando o proprietário do apartamento entregar os dois guarda-roupas embutidos que ele nos prometeu. Eu e marido combinamos de deixar esse apê bem chuchuzinho. Estamos pensando em trocar nossas escrivaninhas, comprar tapetes, pendurar quadros.

Zezinho vai bem, mas acho que ele está estranhando a falta de espaço - na outra casa tinha de sobra, mas ele se acostuma e eu terei que levá-lo para passear com frequencia. Ninoca foi trazida pelos meus pais na sexta-feira e anda bem amuadinha, mas espero que melhore. Falando nisso, ela está com um probleminha de coluna, tadinha, tá ficando velhinha...

Enfim, acho que atualizei bem as novidades.
E logo tem mais, porque o mundo nunca para de girar.

18.3.10

zezinho, parte 3

Ué, não tinha chegado no fim???

Pós-operatório

Pois é, a história não acabou.

O Zezinho nasceu exatamente 14:17. Eu o vi muito rapidamente e ele foi direto para a UTI. Eu fui para o quarto do hospital e, de tempos em tempos, vinha uma enfermeira medir minha pressão. Eu me sentia ótima. Meu bebezinho lindo estava super bem e a única coisa que eu sentia era fome, pois não tinha almoçado.

Fato interessante: meu irmão nem sabia de nada, só contamos a ele depois do nascimento, quando já estava tudo bem; pois bem, não é que ele me mandou uma mensagem no celular, perguntamos como eu e o bebê estávamos extamanete às 14:15?!!

Maridón chegou no hospital sei lá que horas e estava todo mundo radiante. Só as enfermeiras é que insistiam em comentar que a minha pressão não estava baixando - na verdade, estava subindo. Até que no fim da tarde uma delas resolveu ligar para o Dr. E. por causa da chata da hipertensão. Ele veio no meu quarto, mediu a minha pressão e constatou que estava alta demais. Segue o diálogo:

- A pressão está subindo e nós precisamos fazer com que baixe logo. Por isso, vou interná-la na UTI e vou sulfatar - disse o médico.

- O que é sulfatar? - perguntei.

- Injeção de sulfato de magnésio, para obrigar essa pressão a baixar bem rápido.

- E d-d-dói?

- É... um pouco...

Minha gente, mas isso me deu uma tremedeira louca! Nem eu sabia que eu tinha tanto medo de injeção!!!

Me levaram para a UTI. Daí em diante eu perdi a noção do tempo. Acoplaram uns aparelhos que mediam meus sinais vitais e um aparelho de pressão no meu braço que me apertava de 15 em 15 minutos. O Dr. E. veio com uma injeção descomunal, mas eu nem fiquei olhando porque já estava nervosa o bastante. Mais ou menos nesse momento, minha pressão chegou a 22 por 12. Acho que fiquei a ponto de ter uma convulsão, mas não tive. Aliás, é isso o que chamam de pré-eclampsia. Se eu tivesse tido a convulsão, seria eclâmpsia.

O Dr. E. aplicou a injeção e, mão santa!, não doeu nadinha de nada. Minha Tia disse que nem sabe como, porque essa injeção costuma doer bastante mesmo. Mas a pressão não baixou. Então ele pingou UMA gotinha de um medicamento poderosérrimo na minha veia. Minha pressão começou a baixar rapidamente, o que deixou o médico tenso, pois baixar a pressão de uma vez também é perigoso.

Pois bem, o Dr. disse que eu iria ter que tomar outra injeção por volta de 2:00 da manhã, mas eu o convenci de que não seria necessário. Hehehe. Eu sentia muito calor, por isso o ar-condicionado da UTI foi diminuido até a temperatura de freezer. Eu via os enfermeiros encapotados, mas me sentia como se estivesse dentro de um forno. Meus pés suavam litros. O Dr. sentou-se ao pé da minha cama, ao lado do meu pai e, depois, ao lado da minha Tia. Quando ele estava conversando com a minha Tia, eu estava de olhos fechados, mas acordada. De repente, vi que eles ficaram em silêncio e senti um chacoalhão brusco na minha perna, seguido do som do meu nome. Olhei para o Dr., que estava pálido; então, percebi que os aparelhos que mediam meus sinais vitais estavam com mau contato, e o monitor estava indicando que eu tinha morrido! Até hoje tenho dó do Dr. por tanto susto que o fiz passar naqueles dias.

Depois que todos foram embora, tentei dormir, mas foi um sono agitadíssimo por causa do aparelho que ficava sempre me apertando para medir minha pressão. 2:00 ouvi um enfermeiro comentar que estava na hora da segunda injeção de sulfato de magnésio. Rapidamente abri os olhos e perguntei quem aplicaria, no que fui respondida que seria uma tal enfermeira X. Nada contra a moça, mas eu não queria ninguém segurando aquela agulha perto do meu behind. Me apressei em explicar que o Dr. E. tinha concordado em não mais aplicar aquela coisa. O enfermeiro foi verificar e eu olhei para o aparelho do meu lado que estava apertando meu braço de novo. A pressão deu uma leve subida, respirei fundo umas trocentas vezes e esperei a próxima medida, rezando para que nenhum enfermeiro visse o valor. Deu certo, a medida seguinte foi mais legal comigo e o enfermeiro voltou confirmando o que eu já havia dito. Nesse ínterim, voltei a sentir calor, mas fechei os olhos e dormi novamente (sendo apertada de 15 em 15 minutos).

Além disso tudo, a avó do meu marido, naquela mesma madrugada, faleceu. Meu marido soube apenas quando amanheceu e me contou uns 15 dias depois. Meu pai deu uns foras enquanto eu ainda estava na UTI, mas minha mãe e meu marido conseguiram me engambelar. Fiquei mais um dia e uma noite na UTI, em observação. Depois, fiquei na maternidade do hospital até completar uma semana do nascimento. Só fui ver, de verdade, meu filho quando ele já estava em seu terceiro dia de vida. Mas eu estava feliz porque sabia que ele estava bem.

Durante toda essa saga só tive dois medos: enquanto grávida, de perder meu filhinho; depois do parto, da injeção (!). É estranho, porque eu sou uma pessoa que tem muito medo de morrer. A possibilidade de morrer me aterroriza demais, mas naqueles dias nem pensei nisso. Acho que bloqueei, sei lá.

Enquanto eu estava no hospital, podia visitar meu neném 2 vezes por dia; quando tive alta, podia vê-lo 1 vez por dia. Mas logo deu-se início o lance do mamãe canguru. É um estudo muito bacana que diz que os bebês prematuros se desenvolvem melhor quando em contato com o corpo da mãe. Por isso, eu comecei a ir ao hospital logo de manhã, ficava com uma camisola e meu Zezinho ficava só de fraldinha, pele com pele, deitado no meu peito. Ele só saia dali para mamar e para eu comer, mas no fim da tarde eu ia embora de novo. Ele ainda mamava no copinho, pois não tinha força nem sabia mamar no peito ainda (perdeu os instintos ao ficar na incubadora).

Quando adiquiriu um certo peso, tentamos ensiná-lo a mamar no meu peito, mas não estava dando certo, então, resolvemos adiar mais, para ele ficar ainda mais forte. Com cerca de 1700g (acho), tentamos de novo. Parecia que nunca ia dar certo, mas eu já tinha 'perdido' meu parto normal, não ia perder a amamentação também. Não desisti, apesar da dificuldade exorbitante. Voltei a ficar alojada na maternidade e o neném veio ficar comigo no meu quarto. E ele ainda não estava mamando no meu peito. Ele só pegou firme no meu peito no terceiro dia e, quando isso aconteceu, o pediatra deu a alta na manhã seguinte.

Ah, esqueci de contar que na primeira semana de vida dele, meu leite começou a dar sinal de existência. E foi assim, do dia pra noite, que virei uma vaca leiteira. Meus peitos ficaram gigantescos e empedraram em uma noite. Foi um fuá, precisei de ajuda da enfermeira, precisei ir no banco de leite vários dias seguidos para me ajudarem a desempedrar, precisei de massagens doloridíssimas e precisei acordar de 3 em 3 horas para tirar leite, senão empedrava de novo. Eu doava tanto leite, que as mocinhas do hospital começaram a chamar meu marido de leiteiro. Foi horrível, nunca imaginei que pudesse doer tanto. Meu marido tinha que me ajudar, porque eu não tinha forças para tirar o leite, de tanta dor que eu sentia. Era de chorar.

Quando isso melhorou um pouco, o meu pixotinho começou a mamar no meu peito. Mas ele ainda não sabia muito bem o jeito certo e acabou rachando meus bicos. Ha-há. Se eu achava que peito empedrado doía, eu não sabia era de nada. Porque bico rachado é tão pior... De qualquer modo, o que funcionou para isso, foi passar leite constantemente e tomar sol de topless todos os dias. Não tem nada mais cicatrizantemente eficaz. Mas, acreditem, depois que isso passa, amamentar é muito gostoso. Sério!

No fim, sofri diversas vezes, senti dores, medos e, em alguns momentos, quase enlouqueci. Mas tudo valeu a pena e, hoje, lembro de tudo isso rindo. Meu pequerrucho é a coisa mais linda DO MUNDO.


Depois

Depois que nasceu, o Zezinho ficou 1 mês no hospital e mais dois meses comigo na casa dos meus pais. Depois voltamos para a nossa cidade, na casa alugada mesmo, porque a outra ainda não estava pronta. Ele dormia no quarto improvisado, em um berço improvisado, e era tudo uma delícia. Quando ele estava com cerca de cinco meses e meio, finalmente nos mudamos para a nova casa velha.

E o resto eu conto depois.

16.3.10

zezinho, parte 2

Os dias foram passando. Eu tinha um esquema para conseguir tomar todo o líquido recomendado por dia; tinha que comer bastante, mesmo a comida estando totalmente sem graça; tinha que ficar deitada o dia todo, praticamente na mesma posição, mesmo estando com um torcicolo terrível...

Não nego que foi difícil, alguns dias dava vontade de chorar. Aliás, chorei algumas noites de dor no pescoço - o torcicolo provavelmente era proveniente do fato de eu ficar o dia todo na mesma posição. Mas mesmo nos momentos mais difíceis, eu sempre acreditei que tudo ia dar certo. Boa parte da minha tranquilidade era resultado do modo como todos me tratavam, sem demonstrar quão perigosa era a situação.

Com frequência eu fazia exames para ver como ia a minha saúde e a saúde do bebê. O médico, que me passava cada vez mais confiança, sempre se mostava realista, sem ser pessimista. Cada dia, um ganho. Passou-se quase duas semanas quando ele demonstrou que o parto estava prestes a ocorrer, era apenas uma questão de dias. Faríamos um ultrassom dali a uns 4 dias e talvez no mesmo dia seria o parto. O dia previsto, meio que marcado, era 30 de Abril.

O parto seria cesária, não teria outro jeito. E estava sendo marcado para aquela quinta-feira porque, a partir dalí, minha vida correria cada vez mais risco e o bebê parecia não estar mais se beneficiando tanto com o fato de ainda estar dentro de mim. Também, com aquelas duas semanas, o risco de acontecer algo com o bebê, por ser prematuro, já havia diminuído.


O medo

É bom fazer um adendo.

Desde o início da gravidez eu queria muito que o parto fosse normal. Muito mesmo. Um dos maiores motivos era que eu queria passar por essa experiência (aliás, ainda quero). Eu sempre soube que ia doer que nem o inferno, mas eu queria passar por isso. Acho que faz parte de ser mãe, sabe.

Isso é uma coisa muito pessoal, claro. Tem mulher que morre de medo de ter parto normal; tem as que têm medo da cesária; tem aquelas que queriam normal e não puderam, mas que também não sentiram a cesária como algo negativo. Eu respeito cada caso, porque só sabe o que se passa na cabeça de uma mulher grávida, quem já passou pela experiência.

E eu queria o parto normal. Antes de a minha pressão subir, eu fazia exercícios específicos para que o bebê entrasse na posição correta - com a cabecinha para baixo. Mas nos exames, o safadinho sempre aparecia sentado. Eu comecei a ficar um pouco ansiosa com isso, porque se o bebê não está na posição adequada, o parto normal é arriscado e acabaríamos optando pela cesária.

Outro 'sonho' que eu sempre tive era de estar com o Maridón do meu lado na hora do parto. Era uma coisa da qual eu não abria mão. Tem gente que quer a mãe do lado, mas eu realmente queria meu marido. Isso era algo muito importante para mim.


Dia D

Na época da gravidez estávamos reformando a nossa futura casa lá na nossa cidade e o Marido sempre ensaiava de viajar até lá para ver como iam as coisas, mas ele nunca tinha coragem de ir porque o bebê podria nascer a qualquer momento, dependendo dos resultados dos exames que eu fazia regularmente. Porém, naquela segunda-feira, dia 27, ficou meio pré-marcado que o nascimento seria na quinta-feira. Assim, Marido e Sogro marcaram uma viagem para o dia seguinte.

Dia 28 de Abril, bem cedinho, Marido e Sogro pegaram a estrada e eu fiquei, como de costume, deitadinha a manhã toda num colchão no chão da sala de tv da minha mãe. Eu tinha um costume, que era tentar acumular tarefa para precisar levantar o menos possível. Por isso, mesmo estando com vontade de fazer xixi a um certo tempo, eu estava esperando a hora do almoço, para levantar uma vez só.

Eu estava cochilando, de costas para a tv quando meu pai chegou. Eu ouvi, mas estava com preguiça de abrir os olhos. De repente, senti algo estranho e pensei: "Nossa, será que eu estava com tanta vontade de ir no babnheiro assim e não percebi???!!" Levantei com pressa, pois achei que estava prestes a fazer xixi alí mesmo.

Num minuto eu estava dentro do lavabo e quando fui abaixar a roupa, percebi as gotas de sangue no chão. Foi o momento mais aterrorizante da minha vida. Comecei a gritar pelo meu pai, que veio mais rápido que um raio. Ele me levou para o quarto e pediu que eu me acalmasse, enquanto ligava para a minha mãe. Minha mãe ligou para o médico e este disse que queria falar comigo. Em algum momento, lembro de ter sentido um chute e aquilo foi como uma dose cavalar de calmante. O bebê mexia!

Rapidinho minha mãe já estava do meu lado, me entregando o celular. Contei ao Dr. E. tudinho e ele mandou que eu fosse para o hospital imediatamente. Do carro, liguei para minha sogra. E para o meu marido! O pobrezinho estava lá na nossa cidade, vendo obra!

No hospital o médico apenas colocou o doppler na minha barriga, ouviu o coração do bebê e chamou a enfermeira: Prepare-a para a cesária e já a leve para a sala de parto. Meu coração disparou. De repente me deu tanto medo da cirurgia. E meu marido não ia estar ao meu lado!!! Eu estava quase desesperada, mas sabia que eu tinha que manter a calma. Tentava não pensar em nada, mas toda vez que eu ficava sozinha (leia-se sem meus pais) no trajeto para a sala de parto, me ameaçava um certo pânico.

Já deitada na mesa de cirurgia, percebi que nem minha mãe nem meu pai ficariam comigo. Quase chorei. Mas aí minha Tia, com T maiúsculo, apareceu do meu lado e dali não arredou pé. O que me acalmou muito.

A cirurgia foi tranquilíssima e muito rápida. Segundos antes de começar o médico teve que decidir qual seria o corte por onde o bebê seria tirado. Um deles traria menos risco de o bebê sofrer algum trauma durante a retirada, mas o Dr. E. optou pelo outro. Por um motivo simples: o corte menos perigoso, na transversal, praticamente me impossibilitaria de ter outros filhos. O que demorou mesmo foi fechar o corte, pois são muitas camadas de tecido. Mas aí eu já estava beeem mais tranquila.

Em dado momento, uma enfermeira me pediu que eu relaxasse mais, pois os nós dos meus dedos estavam brancos de tanto que eu apertava a minha mão. mas aí eu expliquei a ela que eu não estava apertando a mão, eu era é muito branca mesmo. Hehehe.

Às 14:17, com 34,5 semanas de gestação, o Zezinho nasceu muitíssimo bem, mas com 1500g. Magrelíssimo, tadinho. Ficou na UTI durante 10 dias, um mês no hospital no total. Não precisou ficar ligano no oxigênio, só precisou ganhar peso mesmo.

No fim, deu tudo certo!



(Continua em: zezinho, parte 3)