19.3.10

gira mundo

Como de costume, segue abaixo e-mail (com algumas alterações e omissões) contando coisitas. 90% dos meus leitores já receberam esse e-mail, se você for um deles, recomendo pular essa parte. Hehe.


10/02/10

Olá, meninas!

Venho com notícias. Relativamente boas, mas tristes demais. Vou me mudar daqui. Pior, vou para MG, que não é exatamente perto. Algumas de vcs já sabem que o Marido havia prestado um concurso para professor da Federal de lá. E passou. (...)


No fim, pensando muito friamente nisso, eu e o Marido chegamos à conclusão de que, profissionalmente, essa mudança vai ser melhor tanto para ele, qto pra mim. E, por esse lado, estou até bem empolgadinha com a mudança. Sem contar q o Zezinho vai ter sotaque mineiro, gente! Imagina q delícia de menino!

MAS...

Vou ter que deixar minha casa recém reformada para trás, meu escritório recém aberto também. Hj fui lá no escritório pegar umas coisas e deu uma dó, pq ele tá tão legal e vai ter q ser desmontado. E aqui em casa eu olho pra todo canto já com saudade, pq ficou tão do jeito que a gente queria... Vou ficar sem a parede listrada do quarto do Zezinho, sem o meu banheiro-lindo-de-morrer, sem minha faixinha fofa da parede da cozinha, sem a sala de tv confortabilíssima, sem o taco q tá parecendo novo em folha, sem a minha cozinha/quintal/salão. Mas a vida é assim, o mundo gira e, se Deus quiser, um dia ainda vou fazer uma casa mais linda e gostosa do que essa.

E aí eu penso que, se morando aqui já quase nunca vejo vcs, imagina quando eu for para MG... Se bem que, se bobear a gente começa a se ver mais depois q eu mudar, rsrs. Ai, eu torço pra isso.

Ainda nem falei com o Marido sobre isso, mas tô querendo bolar alguma coisa pra fazer aqui em casa, de despedida. Até pq tem gente que nunca nem viu meu filhotinho ainda, né. Sei lá, um churrasco, ou uma pizzada, ou um jantar...

Ainda não sei quando vamos embora, mas imagino que seja algo em torno de daqui a um mês. Como vão estar os fds de vcs de agora em diante? Sem contar o carnaval, pq, né.

Um beijão a todas,
Tha...


Hoje

Fizemos as despedidas. Só não consegui ver duas pessoas, mas uma hora dá certo. Foi basicamente uma semana com despedidas diárias, pois não conseguimos marcar com todos os nossos amigos de uma só vez. Foi ótimo, acabamos revendo amigos que não víamos a muito tempo e conheci a bebezinha de uma amigona minha. Por sinal, a fofinha nasceu 2 dias depois do Zezinho.

A mudança começou segunda-feira passada, quando foram na nova casa velha encaixotar tudo e colocar no caminhão. Viemos pra MG no mesmo dia e dormimos em um hotel. Fiquei com o pequerrucho no hotel a terça-feira toda, enquanto o marido recebia as coisas no apartamento. O resto da semana foi pauleira. Tentamos arrumar o máximo possível até a sexta-feira e até que deu certo.

Meus pais vieram passar o fim de semana conosco e conhecemos um pouquinho da cidade. A cidade é grande e espalhada, parece tranquila e gostosa. Almoçamos em 2 restaurantes fantásticos! Tem um shopping bem grande e que ainda vai ser ampliado, e tem um parque bem gostoso, não muito longe de casa.

Obviamente ainda não terminamos de desencaixotar tudo, mas falta pouco. O que falta é porque estamos esperando o proprietário do apartamento entregar os dois guarda-roupas embutidos que ele nos prometeu. Eu e marido combinamos de deixar esse apê bem chuchuzinho. Estamos pensando em trocar nossas escrivaninhas, comprar tapetes, pendurar quadros.

Zezinho vai bem, mas acho que ele está estranhando a falta de espaço - na outra casa tinha de sobra, mas ele se acostuma e eu terei que levá-lo para passear com frequencia. Ninoca foi trazida pelos meus pais na sexta-feira e anda bem amuadinha, mas espero que melhore. Falando nisso, ela está com um probleminha de coluna, tadinha, tá ficando velhinha...

Enfim, acho que atualizei bem as novidades.
E logo tem mais, porque o mundo nunca para de girar.

18.3.10

zezinho, parte 3

Ué, não tinha chegado no fim???

Pós-operatório

Pois é, a história não acabou.

O Zezinho nasceu exatamente 14:17. Eu o vi muito rapidamente e ele foi direto para a UTI. Eu fui para o quarto do hospital e, de tempos em tempos, vinha uma enfermeira medir minha pressão. Eu me sentia ótima. Meu bebezinho lindo estava super bem e a única coisa que eu sentia era fome, pois não tinha almoçado.

Fato interessante: meu irmão nem sabia de nada, só contamos a ele depois do nascimento, quando já estava tudo bem; pois bem, não é que ele me mandou uma mensagem no celular, perguntamos como eu e o bebê estávamos extamanete às 14:15?!!

Maridón chegou no hospital sei lá que horas e estava todo mundo radiante. Só as enfermeiras é que insistiam em comentar que a minha pressão não estava baixando - na verdade, estava subindo. Até que no fim da tarde uma delas resolveu ligar para o Dr. E. por causa da chata da hipertensão. Ele veio no meu quarto, mediu a minha pressão e constatou que estava alta demais. Segue o diálogo:

- A pressão está subindo e nós precisamos fazer com que baixe logo. Por isso, vou interná-la na UTI e vou sulfatar - disse o médico.

- O que é sulfatar? - perguntei.

- Injeção de sulfato de magnésio, para obrigar essa pressão a baixar bem rápido.

- E d-d-dói?

- É... um pouco...

Minha gente, mas isso me deu uma tremedeira louca! Nem eu sabia que eu tinha tanto medo de injeção!!!

Me levaram para a UTI. Daí em diante eu perdi a noção do tempo. Acoplaram uns aparelhos que mediam meus sinais vitais e um aparelho de pressão no meu braço que me apertava de 15 em 15 minutos. O Dr. E. veio com uma injeção descomunal, mas eu nem fiquei olhando porque já estava nervosa o bastante. Mais ou menos nesse momento, minha pressão chegou a 22 por 12. Acho que fiquei a ponto de ter uma convulsão, mas não tive. Aliás, é isso o que chamam de pré-eclampsia. Se eu tivesse tido a convulsão, seria eclâmpsia.

O Dr. E. aplicou a injeção e, mão santa!, não doeu nadinha de nada. Minha Tia disse que nem sabe como, porque essa injeção costuma doer bastante mesmo. Mas a pressão não baixou. Então ele pingou UMA gotinha de um medicamento poderosérrimo na minha veia. Minha pressão começou a baixar rapidamente, o que deixou o médico tenso, pois baixar a pressão de uma vez também é perigoso.

Pois bem, o Dr. disse que eu iria ter que tomar outra injeção por volta de 2:00 da manhã, mas eu o convenci de que não seria necessário. Hehehe. Eu sentia muito calor, por isso o ar-condicionado da UTI foi diminuido até a temperatura de freezer. Eu via os enfermeiros encapotados, mas me sentia como se estivesse dentro de um forno. Meus pés suavam litros. O Dr. sentou-se ao pé da minha cama, ao lado do meu pai e, depois, ao lado da minha Tia. Quando ele estava conversando com a minha Tia, eu estava de olhos fechados, mas acordada. De repente, vi que eles ficaram em silêncio e senti um chacoalhão brusco na minha perna, seguido do som do meu nome. Olhei para o Dr., que estava pálido; então, percebi que os aparelhos que mediam meus sinais vitais estavam com mau contato, e o monitor estava indicando que eu tinha morrido! Até hoje tenho dó do Dr. por tanto susto que o fiz passar naqueles dias.

Depois que todos foram embora, tentei dormir, mas foi um sono agitadíssimo por causa do aparelho que ficava sempre me apertando para medir minha pressão. 2:00 ouvi um enfermeiro comentar que estava na hora da segunda injeção de sulfato de magnésio. Rapidamente abri os olhos e perguntei quem aplicaria, no que fui respondida que seria uma tal enfermeira X. Nada contra a moça, mas eu não queria ninguém segurando aquela agulha perto do meu behind. Me apressei em explicar que o Dr. E. tinha concordado em não mais aplicar aquela coisa. O enfermeiro foi verificar e eu olhei para o aparelho do meu lado que estava apertando meu braço de novo. A pressão deu uma leve subida, respirei fundo umas trocentas vezes e esperei a próxima medida, rezando para que nenhum enfermeiro visse o valor. Deu certo, a medida seguinte foi mais legal comigo e o enfermeiro voltou confirmando o que eu já havia dito. Nesse ínterim, voltei a sentir calor, mas fechei os olhos e dormi novamente (sendo apertada de 15 em 15 minutos).

Além disso tudo, a avó do meu marido, naquela mesma madrugada, faleceu. Meu marido soube apenas quando amanheceu e me contou uns 15 dias depois. Meu pai deu uns foras enquanto eu ainda estava na UTI, mas minha mãe e meu marido conseguiram me engambelar. Fiquei mais um dia e uma noite na UTI, em observação. Depois, fiquei na maternidade do hospital até completar uma semana do nascimento. Só fui ver, de verdade, meu filho quando ele já estava em seu terceiro dia de vida. Mas eu estava feliz porque sabia que ele estava bem.

Durante toda essa saga só tive dois medos: enquanto grávida, de perder meu filhinho; depois do parto, da injeção (!). É estranho, porque eu sou uma pessoa que tem muito medo de morrer. A possibilidade de morrer me aterroriza demais, mas naqueles dias nem pensei nisso. Acho que bloqueei, sei lá.

Enquanto eu estava no hospital, podia visitar meu neném 2 vezes por dia; quando tive alta, podia vê-lo 1 vez por dia. Mas logo deu-se início o lance do mamãe canguru. É um estudo muito bacana que diz que os bebês prematuros se desenvolvem melhor quando em contato com o corpo da mãe. Por isso, eu comecei a ir ao hospital logo de manhã, ficava com uma camisola e meu Zezinho ficava só de fraldinha, pele com pele, deitado no meu peito. Ele só saia dali para mamar e para eu comer, mas no fim da tarde eu ia embora de novo. Ele ainda mamava no copinho, pois não tinha força nem sabia mamar no peito ainda (perdeu os instintos ao ficar na incubadora).

Quando adiquiriu um certo peso, tentamos ensiná-lo a mamar no meu peito, mas não estava dando certo, então, resolvemos adiar mais, para ele ficar ainda mais forte. Com cerca de 1700g (acho), tentamos de novo. Parecia que nunca ia dar certo, mas eu já tinha 'perdido' meu parto normal, não ia perder a amamentação também. Não desisti, apesar da dificuldade exorbitante. Voltei a ficar alojada na maternidade e o neném veio ficar comigo no meu quarto. E ele ainda não estava mamando no meu peito. Ele só pegou firme no meu peito no terceiro dia e, quando isso aconteceu, o pediatra deu a alta na manhã seguinte.

Ah, esqueci de contar que na primeira semana de vida dele, meu leite começou a dar sinal de existência. E foi assim, do dia pra noite, que virei uma vaca leiteira. Meus peitos ficaram gigantescos e empedraram em uma noite. Foi um fuá, precisei de ajuda da enfermeira, precisei ir no banco de leite vários dias seguidos para me ajudarem a desempedrar, precisei de massagens doloridíssimas e precisei acordar de 3 em 3 horas para tirar leite, senão empedrava de novo. Eu doava tanto leite, que as mocinhas do hospital começaram a chamar meu marido de leiteiro. Foi horrível, nunca imaginei que pudesse doer tanto. Meu marido tinha que me ajudar, porque eu não tinha forças para tirar o leite, de tanta dor que eu sentia. Era de chorar.

Quando isso melhorou um pouco, o meu pixotinho começou a mamar no meu peito. Mas ele ainda não sabia muito bem o jeito certo e acabou rachando meus bicos. Ha-há. Se eu achava que peito empedrado doía, eu não sabia era de nada. Porque bico rachado é tão pior... De qualquer modo, o que funcionou para isso, foi passar leite constantemente e tomar sol de topless todos os dias. Não tem nada mais cicatrizantemente eficaz. Mas, acreditem, depois que isso passa, amamentar é muito gostoso. Sério!

No fim, sofri diversas vezes, senti dores, medos e, em alguns momentos, quase enlouqueci. Mas tudo valeu a pena e, hoje, lembro de tudo isso rindo. Meu pequerrucho é a coisa mais linda DO MUNDO.


Depois

Depois que nasceu, o Zezinho ficou 1 mês no hospital e mais dois meses comigo na casa dos meus pais. Depois voltamos para a nossa cidade, na casa alugada mesmo, porque a outra ainda não estava pronta. Ele dormia no quarto improvisado, em um berço improvisado, e era tudo uma delícia. Quando ele estava com cerca de cinco meses e meio, finalmente nos mudamos para a nova casa velha.

E o resto eu conto depois.

16.3.10

zezinho, parte 2

Os dias foram passando. Eu tinha um esquema para conseguir tomar todo o líquido recomendado por dia; tinha que comer bastante, mesmo a comida estando totalmente sem graça; tinha que ficar deitada o dia todo, praticamente na mesma posição, mesmo estando com um torcicolo terrível...

Não nego que foi difícil, alguns dias dava vontade de chorar. Aliás, chorei algumas noites de dor no pescoço - o torcicolo provavelmente era proveniente do fato de eu ficar o dia todo na mesma posição. Mas mesmo nos momentos mais difíceis, eu sempre acreditei que tudo ia dar certo. Boa parte da minha tranquilidade era resultado do modo como todos me tratavam, sem demonstrar quão perigosa era a situação.

Com frequência eu fazia exames para ver como ia a minha saúde e a saúde do bebê. O médico, que me passava cada vez mais confiança, sempre se mostava realista, sem ser pessimista. Cada dia, um ganho. Passou-se quase duas semanas quando ele demonstrou que o parto estava prestes a ocorrer, era apenas uma questão de dias. Faríamos um ultrassom dali a uns 4 dias e talvez no mesmo dia seria o parto. O dia previsto, meio que marcado, era 30 de Abril.

O parto seria cesária, não teria outro jeito. E estava sendo marcado para aquela quinta-feira porque, a partir dalí, minha vida correria cada vez mais risco e o bebê parecia não estar mais se beneficiando tanto com o fato de ainda estar dentro de mim. Também, com aquelas duas semanas, o risco de acontecer algo com o bebê, por ser prematuro, já havia diminuído.


O medo

É bom fazer um adendo.

Desde o início da gravidez eu queria muito que o parto fosse normal. Muito mesmo. Um dos maiores motivos era que eu queria passar por essa experiência (aliás, ainda quero). Eu sempre soube que ia doer que nem o inferno, mas eu queria passar por isso. Acho que faz parte de ser mãe, sabe.

Isso é uma coisa muito pessoal, claro. Tem mulher que morre de medo de ter parto normal; tem as que têm medo da cesária; tem aquelas que queriam normal e não puderam, mas que também não sentiram a cesária como algo negativo. Eu respeito cada caso, porque só sabe o que se passa na cabeça de uma mulher grávida, quem já passou pela experiência.

E eu queria o parto normal. Antes de a minha pressão subir, eu fazia exercícios específicos para que o bebê entrasse na posição correta - com a cabecinha para baixo. Mas nos exames, o safadinho sempre aparecia sentado. Eu comecei a ficar um pouco ansiosa com isso, porque se o bebê não está na posição adequada, o parto normal é arriscado e acabaríamos optando pela cesária.

Outro 'sonho' que eu sempre tive era de estar com o Maridón do meu lado na hora do parto. Era uma coisa da qual eu não abria mão. Tem gente que quer a mãe do lado, mas eu realmente queria meu marido. Isso era algo muito importante para mim.


Dia D

Na época da gravidez estávamos reformando a nossa futura casa lá na nossa cidade e o Marido sempre ensaiava de viajar até lá para ver como iam as coisas, mas ele nunca tinha coragem de ir porque o bebê podria nascer a qualquer momento, dependendo dos resultados dos exames que eu fazia regularmente. Porém, naquela segunda-feira, dia 27, ficou meio pré-marcado que o nascimento seria na quinta-feira. Assim, Marido e Sogro marcaram uma viagem para o dia seguinte.

Dia 28 de Abril, bem cedinho, Marido e Sogro pegaram a estrada e eu fiquei, como de costume, deitadinha a manhã toda num colchão no chão da sala de tv da minha mãe. Eu tinha um costume, que era tentar acumular tarefa para precisar levantar o menos possível. Por isso, mesmo estando com vontade de fazer xixi a um certo tempo, eu estava esperando a hora do almoço, para levantar uma vez só.

Eu estava cochilando, de costas para a tv quando meu pai chegou. Eu ouvi, mas estava com preguiça de abrir os olhos. De repente, senti algo estranho e pensei: "Nossa, será que eu estava com tanta vontade de ir no babnheiro assim e não percebi???!!" Levantei com pressa, pois achei que estava prestes a fazer xixi alí mesmo.

Num minuto eu estava dentro do lavabo e quando fui abaixar a roupa, percebi as gotas de sangue no chão. Foi o momento mais aterrorizante da minha vida. Comecei a gritar pelo meu pai, que veio mais rápido que um raio. Ele me levou para o quarto e pediu que eu me acalmasse, enquanto ligava para a minha mãe. Minha mãe ligou para o médico e este disse que queria falar comigo. Em algum momento, lembro de ter sentido um chute e aquilo foi como uma dose cavalar de calmante. O bebê mexia!

Rapidinho minha mãe já estava do meu lado, me entregando o celular. Contei ao Dr. E. tudinho e ele mandou que eu fosse para o hospital imediatamente. Do carro, liguei para minha sogra. E para o meu marido! O pobrezinho estava lá na nossa cidade, vendo obra!

No hospital o médico apenas colocou o doppler na minha barriga, ouviu o coração do bebê e chamou a enfermeira: Prepare-a para a cesária e já a leve para a sala de parto. Meu coração disparou. De repente me deu tanto medo da cirurgia. E meu marido não ia estar ao meu lado!!! Eu estava quase desesperada, mas sabia que eu tinha que manter a calma. Tentava não pensar em nada, mas toda vez que eu ficava sozinha (leia-se sem meus pais) no trajeto para a sala de parto, me ameaçava um certo pânico.

Já deitada na mesa de cirurgia, percebi que nem minha mãe nem meu pai ficariam comigo. Quase chorei. Mas aí minha Tia, com T maiúsculo, apareceu do meu lado e dali não arredou pé. O que me acalmou muito.

A cirurgia foi tranquilíssima e muito rápida. Segundos antes de começar o médico teve que decidir qual seria o corte por onde o bebê seria tirado. Um deles traria menos risco de o bebê sofrer algum trauma durante a retirada, mas o Dr. E. optou pelo outro. Por um motivo simples: o corte menos perigoso, na transversal, praticamente me impossibilitaria de ter outros filhos. O que demorou mesmo foi fechar o corte, pois são muitas camadas de tecido. Mas aí eu já estava beeem mais tranquila.

Em dado momento, uma enfermeira me pediu que eu relaxasse mais, pois os nós dos meus dedos estavam brancos de tanto que eu apertava a minha mão. mas aí eu expliquei a ela que eu não estava apertando a mão, eu era é muito branca mesmo. Hehehe.

Às 14:17, com 34,5 semanas de gestação, o Zezinho nasceu muitíssimo bem, mas com 1500g. Magrelíssimo, tadinho. Ficou na UTI durante 10 dias, um mês no hospital no total. Não precisou ficar ligano no oxigênio, só precisou ganhar peso mesmo.

No fim, deu tudo certo!



(Continua em: zezinho, parte 3)