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Foi a família toda comer num desses restaurantes que possuem brinquedos para crianças. A mais velha, de 5 anos, viu umas menininhas brincando em baixo do aparato. Cheia de vergonha, queria se aproximar, mas ia muito lentamente, com aquele jeito dengoso e meigo típico dela. Sabe quando a garotinha entrelaça as mãos, com os braços esticados para baixo, e coloca a cabecinha de lado encostando a bochecha no ombro? Imagino que era bem assim.
Antes que ela pudesse se aproximar o suficiente, rapidamente passa por ela sua irmã menor, de 3 anos e meio. A pequena se encaminha até as menininhas e diz, numa voz muito alegre e desinibida:
- Oi, meninas! Vamos brincar?
As duas, ainda que mais velhas, não tinham reparado como é que subia no brinquedo, mas a pequenina facilmente mostrou o caminho. Subiram as três, seguidas pela tímida irmã mais velha. E, enquanto sua irmã ainda tentava se aventurar a subir, a miúda chegou no alto e desceu pelo escorregador, toda serelepe.
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Estavam os três na sala de tv, o titio e as duas sobrinhas. O sol batia na janela, refletindo no teto, em faixas iluminadas, as paletas da veneziana. A irmã mais velha olhou para o alto, apontou para as listras e disse:
- Olha!
A menorzinha levantou a cabeça, curiosa, mas em seguida olhou para a outra, dando de ombros:
- É a cortina da janela...
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A garotinha de 3 anos e meio passa pelo titio com o telefone na orelha, aquela carinha de adulta:
- Oi, vovó. A gente vai aí na sua casa daqui a pouco.
O titio acha uma graça ela 'brincando de falar no telefone'. Mais tarde, na casa da vovó, quando a pequena passa por eles, a vovó diz para o titio:
- Ela me falou mesmo que vocês estavam vindo para cá...
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