19.5.08

a saga do grande giap, parte 1

Num outro mundo, existe um ser chamado Giap. Ele existe nesse outro mundo para passar informações de muita valia para todos os piratas. O Giap é um ser muitas vezes complicado e os piratas só conseguem entrar em contato com ele através de um portal, sendo que para olhar pelo portal é preciso de uma senha. Mesmo assim, nem todos os piratas recebem senhas e nem todas as senhas possibilitam que o grande Giap forneça todas as informações que ele conhece.

O Grande Giap é muito reservado e ele só confia nos duendes. Por isso, só quem consegue fornecer as senhas para os piratas são os duendes - e veja bem, nem são todos os duendes.

Eis que um dia, eu, pirata que sou, precisei conversar com o Grande Giap. Aí, mandei uma mensagem para os duendes, na esperança de que um deles me desse uma senha. Depois de um tempo, consegui entrar em contato com um duende, um muito simpático (tão simpático quanto um duende que vem sempre aqui). Mas esse era um outro tipo de duende, era um duende afirmativo. Os duendes afirmativos, como o próprio nome diz, dizem sim.

Assim, eu pedi ao duende afirmativo uma senha e ele disse:

- Sim.

Então, eu fui até a Floresta Afirmativa (onde não só o duende, mas os piratas também são afirmativos) e conversei com o duende, que me recebeu muito bem e me ensinou tudo sobre onde fica o tal portal e o que eu devo fazer quando frente a ele.

O tempo passou e eu percebi que a minha senha deixava que eu conversasse com o grande Giap sobre muitas coisas, mas existia uma em especial que eu precisava perguntar pra ele e ele se recusava a responder. Por isso, falei com o duende afirmativo, ele fez umas mágicas de duendes e minha senha agora deixava o grande Giap tirar as minhas novas dúvidas também. Só que o grande Giap continuava se recusando a me dar as informações. E, dessa vez, ele me disse que nada tinha a ver com as senhas, mas se recusou a dizer o motivo. Ele simpesmente dizia:

- Não é possível falar sobre isso - e sua voz áspera ecoava pelo portal enquanto minha ansiedade crescia.

Falei novamente com o duende afirmativo, só para dar um parecer de como as coisas andavam, pois eu realmente acreditava que esse tipo de problema só poderia ser resolvido por um dos duendes do Suporte, um que eu sabia que também conhecia o Grande Giap. Mesmo assim, talvez por ser sua natureza, o duende afirmativo se empenhou em me dar uma resposta afirmativa, dizendo que tentaria ele mesmo resolver o problema. Enquanto isso, o duende do Suporte mostrou que na verdade a função dele parecia ser outra e que já havia feito tudo ao seu alcance para resolver o meu problema.

Foi um dia laborioso para os duendes. Eu já estava envergonhada de pedir ajuda, mas o duende afirmativo realmente sabia qual era o problema do Grande Giap e conversou num tet-à-tet com ele. Então o duende afirmativo me explicou que, como o assunto sobre o qual eu queria me informar era muito desinteressante, o Grande Giap achou que nunca mais deveria conversar sobre aquilo com ninguém. Mas depois da conversa com o duende afirmativo, ele concordou em falar comigo (e com quem mais tivesse a senha necessária) sobre aquele assunto.

Então, eu, muito cuidadosa, me aproximei do portal e conversei com o Grande Giap. Ele me mostrou que tiraria as minhas dúvidas e, como eu não tinha tempo suficiente naquela hora, fiquei de voltar outro dia. O outro dia chegou e eu fui novamente até o portal:

- Oh, grande Giap, me ajude a descobrir os donos de tudo!

- Não é possível falar sobre isso - a voz áspera se fez ouvir novamente.


(Continua...)

Um comentário:

Monica Asperti Brandao disse...

Minha Nossa!..................