7.10.15

partos

Eu vejo toda essa discussão sobre partos. Quase um embate, às vezes. E eu tenho uma opinião bem formada a respeito, mas não gostaria que ninguém interpretasse como uma tentativa de ser dona da verdade, ou de diminuir outras opiniões e/ou mães.

O fato é que eu tenho uma coisa dentro de mim que define muito claramente o que significa, em especial, o momento de dar à luz. Eu acredito que na vida de mamães e papais, existem inúmeros momentos em que poderemos exercer nossa influência, autoridade, sabedoria. Que nós é quem sabemos, na maioria das vezes, o que é melhor para os nossos filhos. Que, em algumas situações, poderemos inclusive colocar nossas necessidades em primeiro lugar. Entretanto, o momento de dar à luz não é um desses. Se existem situações em que um filho sabe melhor do que seus pais o que é melhor para ele, essa é A situação primordial. 

Por isso, no meu íntimo, sinto que o parto deve ser decidido pelo bebê. Não pela mãe, pelo bebê. Geralmente, essa decisão será sinalizada na forma de muitas contrações e de uma bolsa rompendo. E que aguentar a dor sentida é o mínimo que eu posso fazer em respeito a essa decisão tomada por ele. Ser mãe não é fácil, passar pelo parto provavelmente será fichinha perto de tudo o que precisará ser enfrentado e resolvido após esse momento crucial. Deixemos o bebê sair do nosso aconchego quando ele sentir que está preparado.

E, antes que minha mãe venha correndo me consolar pelo parto do meu filho, já adianto: o meu parto cesárea não necessariamente se exclui do que falei até aqui. Eu tenho plena convicção de que não há nada mais que eu pudesse ter feito em favorecimento do meu filho que eu não tenha feito à época de seu nascimento. E, diante da situação, ele soube se aprontar para a sua saída às pressas e, de certa forma, saiu quando bem entendeu. Ei, esse lugarzinho já não me serve pra nada, não tô crescendo, minha mãe tá na bad... Vamos descolar essa placenta sacana e dar um jeito de correr pra fora daqui onde eu possa mamar meu leitinho. E, pá pum. Duas horas depois ele estava de boas "pegando uma corzinha".

Sou magricelinho, mas quem resiste ao charme desses "óculos de sol"?
(na foto parece trágico, mas ele realmente estava muito bem de saúde! juro!)

- Ah, mas você não faz ideia da dor do trabalho de parto. Para você é fácil falar - você me diria. 

- Talvez - eu responderia. 

Ainda assim, eu realmente acredito nisso. E sem desmerecer minha mãe, ou qualquer outra pessoa cuja historia tenha sido diferente, ou cujas convicções sejam outras. São mães, tanto quanto eu. Somos todas mães, tanto quem teve parto natural, ou humanizado, ou cesárea, ou cesárea programada. Os tempos mudam, as pessoas mudam, até eu posso mudar. Nunca se sabe.

E, não. Não estou grávida, rs;

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com seus comentarios. Quando estava gravida de voce, eu queria parto normal. Nos ultimos quinze dias você "virou" e ficou pelvica (sentadinha), foi quando o obstetra orientou a cesarea por ser mais segura para o bebe. Nao marcamos data. Eu estava fazendo uma prova de patologia (como voce ja sabe), e senti as contraçoes. Depois de terminada a prova fui ao medico que me mandou para o Hospital para o parto. As vezes parece que foi ontem.....as vezes parece que faz 33 anos mesmo rsrsrs.
Quanto ao seu irmao, fui orientada pelo medico a fazer cesarea pelo primeiro ter sido assim, e só fui ao Hospital quando comecaram as contraçoes. Sempre achei que marcar um dia e hora nao seria bom, e ainda mantenho essa minha opiniao, salvo intercorrencias, claro!
Mamys.

tha disse...

<3