23.2.11

pura luxúria e coque - risqué


Hoje vou mostra dois vermelhos lindos. 

O primeiro é o Pura Luxúria da Risqué. Esse foi o meu primeiro vermelhão e foi amor à primeira passada. O esmalte é transparente, sem ser ralo - mais ou menos como o Rebu, da mesma marca. Na primeira camada fiquei achando que ele ficaria num tom de magenta, mas na segunda ele já virou esse vermelho sangue belíssimo. O brilho é de babar e dispensa completamente o uso de top coat - que, apara quem não sabe, é aqueles extra-brilhos que aceleram a secagem do esmalte e prometem aumentar a durabilidade.

3 camadas de Pura Luxúria
Já o Coque da Risqué é um vermelho mais aberto e com textura cremosa. É lindo também, mesmo que o meu amor verdadeiro ainda seja o Pura Luxúria.  Achei a consistênsia dele ótima, o que facilitou muito na hora de passar. Usei duas camadas e, mesmo eu tendo feito as unhas super apressada porque precisava sair, o esmalte não ficou manchado. Também foi super fácil de limpar os cantinhos. E olha que eu sou ainda um pouco amadora. Na foto abaixo eu não estou usando top coat, mas acho que o brilho ficaria mais bonito se eu tivesse passado (na época da foto eu ainda não tinha comprado um).

2 camadas de Coque
 Esses foram meus dois primeiros vermelhos. Depois deles ainda comprei muitos outros e já experimentei quase todos. Inclusive, estou usando um vermelho fechado bem escuro nesse exato momento (Vinho Tinto, da Colorama), mas, sem a minha câmera, vou ficar devendo um post com foto.

Até a próxima.

20.2.11

roxos da colorama

Vou estrear aqui um novo assunto, que é novo também para mim: esmaltes. Quem me conhece sabe bem que eu nunca fui muito disso, mas no último ano aconteceu uma transformação da água para o vinho. Isso porque desde que me mudei pra Mouseville comecei a me interessar cada vez mais por essas tintinhas viciantes.

Não sei o que aconteceu, acho que é o número de novidades que tem surgido na área esmaltística. São tantas cores! Só sei que de meros 3 vidrinhos, em menos de um ano passei para uma pequena coleção de 36 cores que vão dos rosados e vermelhos básicos até os excêntricos azuis e verdes. E olha que ainda tenho 5 alvos imediatos e outros tantos que vão ficar numa fila de espera. Mas eu ainda sou uma amadora, pois tem muita moça por aí com muito mais de 200 esmaltes particulares.

Eu sempre tive medo de passar cores fortes na minhão mão 'branca morri'. Mas com essa febre de cores novas e lindas no mercado, resolvi um dia testar algo mais escuro e acabei gostando. A primeira cor que eu testei foi ainda light, o Sexy Nude da Colorama, mas não tenho nenhuma foto pra ilustrar.

Já no segundo teste fui mais ousada e passei o Uva da Colorama. Ficou lindo, e eu pirei de amor. Depois de uns dias, resolvi incrementar e passei por cima um velhinho que eu tinha em casa: Madrepérola da Colorama (já saiu de linha e o mais próximo dele hoje em dia é o Reflexos Violeta, tb da Colorama)

É importante frisar que a foto não faz jus à beleza real. Ficou luxo. Na sombra era um roxo sintilante lindo, mas no sol... Eike loucura! Muito brilho, muita luz luz luz. Beira o creiço, mas não chega a tanto, rs.

2 camadas de Uva + 1 camada de Madrepérola
2 camadas de Noite de Gala

Já mais recentemente, depois de usar e abusar das mais diversas cores, resolvi voltar ao roxo e escolhi o Noite de Gala da Colorama. Dessa vez, usei sozinho. É um roxo mais fechado do que o Uva, com mais pigmentação avermelhada e beeem mais escuro. Lindo de morrer também, mas mais elegante. Me senti ricah com ele!

Muita gente reclama muito da durabilidade da Colorama. Eu até hj não tive o menor problema. Já usei várias cores da marca e várias da Risqué também e não notei a menor diferença entre as duas nesse quesito. E esmalte na minha unha dura um absurdo, mesmo que eu esteja em um momento Amélia da vida, só troco uma vez por semana e é muuuuito raro eu precisar fazer retoques antes.

Bom, por hoje é só. Vou começar a postar meus esmaltes aqui. Só não vou conseguir postar todos porque minha câmera finalmente foi diagnosticada com uma doença incurável e sofreu eutanásia. Por sorte, ainda estava na garantia e reza a lenda de que vamos receber nosso dinheiro de volta.

Façam figa.


15.2.11

já se foi o disco voador

Meu avô, o engraçado*, faleceu dia 04 de Fevereiro de 2011.

O estranho é que, ao mesmo tempo que foi inesperado, eu não fiquei chocada com a notícia. Triste demais, mas não chocada. Além disso, ele morreu dormindo, sem dor nenhuma, sem nem saber. Acredito que é o melhor jeito de morrer.

Vovô não estava doente, mas estava fraquinho. Isso porque se por um lado ele era velho, pelo outro também - afinal, ele não tinha oitenta e poucos anos, ele já rumava para os oitenta e todos. Acho que a primeira pessoa que eu ouvi falar bem do Chaves foi meu avô. E ele tinha esse espírito mesmo, de eterna criança.

Ao longo das 6 horas de viagem rumo ao velório, fiquei imaginando o que ele nos diria enquanto estivéssemos chorando ao redor do seu caixão. Eu consigo até ver os bracinhos dele para cima, como quem toca um bando de cachorro, gritando "Vocês são tudo um bando de filhos e netos de um burro! Vão tomate cru!"

Meu avô era assim. No velório da vó Miss, ele disse que ela passou a perna nele, que ele estava na fila antes. Quando a gente era criança e andava de carro com ele, ele adorava ficar dando freadas e aceleradas bruscas seguidas, no meio da cidade, só pra levar buzinada e fazer os netos rirem. Uma vez ele estava andando "de carona" num trator, passando no meio de um pasto, e ele gritava para os bois e vacas "suas vacas!!! suas mães são umas vacas!!!".

Nos últimos tempos, a lembrança que fica mais forte é a vontade que ele tinha de brincar com meu filho. Mas ele o via muito pouco e não tinha mais forças para dar conta de uma criança de menos de dois anos. Ainda assim, eu via seus olhos brilharem, tentando chamar a atenção do pequenino, fazer alguma piadinha infame, algum barulho engraçado. E ele sempre queria saber se o garotinho era inteligente, se encaixava os brinquedos direitinho.

Mas não só de brincadeiras vivia vovô. Ele também era um homem absurdamente inteligente e racional.  Adorava propor problemas de lógica e matemática para seus netos, pois adorava o assunto. Mas ao mesmo tempo foi um dos homens mais romântico que eu já conheci. Não no sentido amoroso da palavra. Acontece que ele dava muito valor às lembranças, ao passado, a objetos e lugares que marcaram sua vida.

Mas acima de tudo, ele era humilde. Eu nunca o vi falar bem de si mesmo. Meu pai um dia me disse que encontrou um antigo colega de trabalho do meu avô e este lhe disse "seu pai foi o homem mais inteligente que eu conheci". Meu pai não fazia idéia do respeito que tinham por meu avô onde ele trabalhava, foi só quando conheceu esse senhor que ele descobriu isso. Meu avô pintava muito bem, mas abdicou de seguir com seu dom quando percebeu que a minha avó demonstrou interesse na pintura, acho que ele queria dar esse espaço para ela, não queria competir. E quando alguém elogiava algum de seus antigos quadros, ele recebia o elogio com modéstia e sempre dizia "não, quem pinta bem é a Nena".

São essas lembranças que eu vou guardar, juntamente com outras tantas que hei de contar aqui.
Por que o vovô engraçado ainda tem muita história pra contar.




* Vocês já conhecem ele desse post e desse outro post também.

livros

Eu fiz uma lista de livros que quero ler.
Coloquei aqui na barra lateral.
Se você quiser me dar um presente, taí uma dica. ;)