12.6.08

na chincha

Tem época que é duro. Porque assunto eu até tenho, muitas coisas até aconteceram... Mas sabe o que é não se lembrar de nada?! Eu estou ensaiando um post aqui já faz uns dias e vi que não dava mais para adiar quado a Ann B. me chamou na chincha*.

Acho que eu travei desde que meu pai me comparou com meu irmão. A gente sempre zuou com ele em casa, porque ele anuncia tudo. Eu sempre soube que eu também anunciava, mas não que eu era como o meu irmão.

A comparação surgiu assim. A gente estava comentando que meu irmão é super dramático. Ele teve uma otite brava esses dias (ele sempre tem) e ligou meia-noite em casa dizendo que estava tremendo e tal. E quando meu pai falou que era frescura, ele disse:

- Ah é? E se eu estiver com alguma infecção rara? Eu poderia morrer em dois dias!!!

Claro que depois, quando ficou constatado que era só mais um drama, ele veio com a história de sempre:

- Eu tava só brincando...

O caso é que ele tinha colocado assim no msn: "doente? de novo oO". Ou algo similar. E a gente estava justamente rindo desse drama e meu pai comentou:

- Anunciando, né! Anuncia tudo.

- Mas a Tha também faz isso no msn - quem disse isso foi o simpático maridão.

- Ah é? Que nem o irmão?! Não acredito que você também anuncia tudo!!! - disse o fanfarrão do meu pai, olhando diretamente para mim, e rindo já.

- Eu...

- Ih, ela tem até blog pra isso. Eu nem leio para não ficar nervoso...

A minha mãe tentou me defender, disse que eu sou engraçadinha e que eu não fico contando intimidades no blog... Mas já era. Meu pai não perdoa. E eu fui o alvo das rizadas. Pra variar, né. Afinal, meu irmão não estava e é muito mais legal pegar no pé dos presentes - que no caso se resumem em... mim.

Até porque, avaliando friamente aqui. Nem sei se minha mãe está certa. E aí eu acho que travei um pouco. Mas acho que passa. Olha só o tamanho do post que isso rendeu. Só pra falar que eu anuncio e que fiquei meio chocada com isso. E estou anunciando novamente.

É um ciclo vicioso. Acho que não tem cura. Os anunciantes gostam de anunciar e anunciarão para todo o sempre. Eles vão ter que se acostumar com isso. E eu também. Mas se eu não me acostumar, sempre será possível criar um grupo de ajuda: Anunciantes Anônimos. Mas aí ia confundir com aquele dos alcocólatras. Eu ia ter que arrumar outro nome para o grupo e não sei se ia dar certo. Acho melhor me acostumar com a idéia mesmo.

E tchau. Preciso ir no banheiro.



* Fui procurar no google como se escreve chincha. Fiquei chocada. "Chincha" também é usada para designar uma coisa que eu não fazia idéia. Tipo o que fazem com as pobres pombinhas... Fiquei em dúvida se "chamar na chincha" tem alguma conotação desse tipo. Mas acho que não, não pode ter, né. Mas ficam aqui as desculpas, caso eu esteja sendo ingênua demais.

5.6.08

a saga do grande giap, parte 2


Continuação de: A Saga do Grande Giap, Parte 1


- Oh, grande Giap, me ajude a descobrir os donos de tudo!


- Não é possível falar sobre isso - a voz áspera se fez ouvir novamente.

O medo se estampou em meu rosto. Aflita, desesperada! O que eu ira fazer agora?! Como eu poderia continuar as minhas importantes tarefas sem a ajuda e o conhecimento do Grande Giap? O que o teria feito mudar de idéia tão bruscamente?!

Em pânico, redigi uma imensa mensagem ao Duende Afirmativo:

Sr. Duende Afirmativo,

Ahhhhhhhhhh!!! Me jude!!!!!!!!

Tha, a pirata.

Foi então que a previdência falou em meu ouvido. "Não se afobe menina, ou poderá se envergonhar disso." Como uma boa pirata previnida, guardei a mensagem para mais tarde. Para quando eu tivesse certeza do que estava havendo. Pois antes eu deveria enfrentar o Grande Giap sozinha, frente à frente.

Voltei ao portal e esperei pela fatídica resposta:

- Não é possível falar sobre isso - o semblante sério do Grande Giap me fazia gaguejar.

- M-mas, senhor. E-eu prec-ciso saber...

E a resposta era sempre uma só.

- Não é possível falar sobre isso.

Porém, eu não fraquejei. Não me deixei intimidar. Argumentei, contra-argumentei, desargumentei. Pedi e repeti. Mas nada fazia com que ele mudasse suas duras palavras. Só que, de repente, notei algo diferente. O semblante do Grande Giap parecia mais ameno e, ao mesmo tempo, esgotado. Resolvi dar-lhe tempo, descanso e uma boa noite de sono.

No dia seguinte, lá estava eu. Firme e forte. E, quem diria, o Grande Giap parecia tão bem! Bem disposto, descansado, com até uma certa vitalidade. Finalmente, perguntei tudo o que precisava saber.

E ele respondeu. Ele realmente respondeu.

Agora, só me resta saber até quando...

FIM.
(?)

3.6.08

fura a fila, fura!

Pronto voltei. Deu pra notar que eu tenho épocas e épocas com relação ao blog. Sou volúvel, hehehehehe. Mas eu me esforço para não ficar muuuito tempo longe, tá.

No Pipoca no Edredon eu falei do filme Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (sim eu assisti!!!!!!). Aqui eu vou falar do que aconteceu minutos antes disso.

O filme começava às 22hs. 21h30 eu já estava com o maridão plantada na fila. E a fila já estava meio grandinha, quase no Boticário. Logo vieram dois seguranças e nos pediram educadamente (é sério) para deslocarmos metade da fila para o outro lado do corredor, pois a fila estava bloqueando a entrada e a vitrine de uma loja. Pois bem, eu estava na metade deslocada. Eu e o maridão ficamos em segundo lugar nessa nova fila, com apenas um grupinho de 4 meninos na nossa frente.

Mas, entendam, não era uma nova fila, era a continuação da outra, que agora se interrompia assim que atingia a tal loja. Um segurança colocou uma barreira bem atrás do último da fila interrompida e uma outra bem na frente do grupinho da fila de cá. E eu pensei, acho que isso vai dar confusão...

Dito e feito. Em pouco tempo três pessoas se plantaram ao lado da barreira que estava no fim da fila interrompida. Eram duas moças e um rapaz que deram uma olhadela na fila de cá e deliberadamente resolveram parar na fila de lá. A fila de cá já tinha começado a dobrar a "esquina" nessa hora. Aí, um homem saiu do meio da fila de lá e disse para os três que eles estava no lugar errado, mostrou onde eles deveriam ir e avisou: "O pesoal da outra fila vai ficar zangado...". Assunto encerrado? Não. Eles deram de ombros, riram e permaneceram plantados no mesmo lugar. Ou seja, furando fila.

Aí, os meninos do grupinho da minha frente começaram a tentar acenar para que os três fossem para os lugares certos, mas eles simplesmente não olhavam para nós, claro. Outras pessoas se confundiram e começaram a parar alí também, mas a gente acenava e elas iam direitinho para o final correto da fila. Só os três continuavam lá.

Então, o resto da fila de cá começou a perceber aqueles três fura-fila e uma menina foi até lá conversar com eles. Conversa daqui, conversa dali. Chega mais um rapaz e se junta aos fura-fila, e eu via uma das duas fura-fila balançando a cabeça em negativa. Aí a menina da nossa fila voltou e falou "eles disseram que eles não sabiam que a fila continuava aqui e que agora a fila tinha crescido muito desde que chegaram". E o Quico..?

Pois, os quatro à minha frente se entreolharam e partiram em comboio para conversar com os fura-fila. Conversa daqui, conversa dalí. E a tal menina continuava balançando a cabeça em negativa. Os meninos disseram que eles tinham sim sido avisados. E que aquilo era furar fila e etc. Nesse momento a fila já estava chegando na "esquina" que leva à praça de alimentação. Mas o rapaz que tinha chegado à pouco já decretou. "Nós só saímos daqui se o segurança vier falar com a gente". Ótimo.

Lá veio o segurança. Idéia deles, vejam bem. E conversa daqui, conversa dalí. O segurança dizendo que eles não podiam ficar alí e... A fila começou a andar: já estava na hora de o filme começar. A satisfação estampou-se no rosto de cada integrante da fila de cá conforme a gente ia passando pelos quatro fura-filas.

A fila inteira entrou, se acomodou, lotou o cinema. LO-TA-DO. Aí, parte das luzes se apagaram e os trailers começaram. Foi então que eu vi, os quatro fura-filas entrando e procurando algum lugar, que provavelmente só existia lá no gargalo. Devem ter aproveitado bastante.