20.1.08

causos: barbeiros, parte 2

Meu irmão é bem solícito.

Quando vamos visitar meus pais, ficamos todos no sítio, mas às vezes meu irmão vai passar a noite na cidade, pra sair com os amigos dele. Numa dessas vezes, ele chegou de manhã no sítio com a roda do carro toda amassada e bem torta. Aliás, ele só viu como o carro estava quando chegou no sítio (ele até percebeu na estrada que o caro estava puxando "um pouco" pro lado, mas achou que não era nada). Então, ele resolveu contar o ocorrido. E o pior é que ele sempre conta a verdade...

Ele estava voltando de manhã para o sítio, dirigindo tranquilamente numa avenida que possui um canteiro central. Esse canteiro é elevado, sob um murinho de pedra de uns 45 cm de altura. Na frente dele ia uma moça em uma moto cujo pisca estava ligado há algum tempo. Ele, solícito como é, resolveu avisá-la dando luz alta. Ela não percebeu. Aí ele deu mais luz alta, e ela continuou não percebendo. Conhecendo-o como conheço, já fico imaginando o rapaz dando luz alta freneticamente pra motoqueira. Mas não adiantou. Insistente, ele começou a ultrapassá-la, baixou o vidro do passageiro e começou a falar com ela:

- Moça, o pisca tá ligado. O pisca, moça! Ele tá ligado! Moçaaa...

Tum! Reeeeeeeeeeeeeeeec.

Sim, ele atropelou o canteiro central.

Um comentário:

Monica Asperti Brandao disse...

Esta história eu não sabia. Dei risada aqui sozinha, até sair lágrima....