7.1.08

O Furacão, ou Como Sou Velha

Fato: sou velha desde que nasci. Muitos dizem acreditar que meu cabelo é tingido e eu nego. Mas chega de mentiras, minha mãe tinge meu cabelo desde o meu primeiro dia de vida, pois já saí do útero com os cabelos brancos. E isso sem ser albina. E eis que do alto de meus cabelos brancos (visualmente vermelhos), um furacão passa por mim e me quebra. Não, me mói. O estranho é que eu gostei. Nem devia estar reclamando, mas vocês sabem, né. Gente velha é sempre ranzinza.

O tal furacão veio em forma de gente. Gente bonita e alegre, aquele tipo que mora no nosso coração. E era um monte. E era delicioso. Mozaico (lindo e gostoso), cachaçaria (nhammm) e casório (ma-ra-vi-lho-so). Chorei que nem uma louca, atrapalhando a cerimônia. Estava concentrada no choro, mas acho que alguém me deu um chute na canela por causa dos meus suspiros. Não lembro direito. Mas vocês sabem como é gente velha, muito emotiva.

Mas também! Estava tudo tão lindo! Juro que vi um monte de gente jovem chorando também. E é sério, foi muito lindo. E gostoso. Teve gente que saiu de lá rouca, imaginem. E depois ainda teve comida árabe (comida que poderia estar melhor, mas estava boa) e o ótimo conversê tudo outra vez. E dessa vez, teve gente que saiu de lá doentinho. Pobre marido...

E aí acabou. O furacão passou e deixou a dor nas juntas, como não poderia deixar de ser. Pelo menos sobrevivi.

Talvez outro dia eu fale de como sou criança também...

Um comentário:

Anônimo disse...

Tha!!!
Acredita que estou rouca até agora? hehehehe
Devo dizer que tb sou velha desde que nasci... isso dito pela minha própria irmã. Fazer o que, né?